O Tribunal de Justiça manteve, em julgamento definido nesta terça-feira, a decisão da 1ª Vara Criminal de Joinville que determina júri popular para Marcelo Buss Bernardes, acusado de matar o enteado Ítalo Fernandes de Mattos, de um ano e sete meses. Marcelo será julgado por homicídio doloso qualificado (quando há a intenção de matar e o crime é praticado contra uma vítima indefesa).
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Como o recurso da defesa no TJ-SC foi negado, o processo retornará para a 1ª Vara Criminal. Caberá à Justiça de Joinville determinar uma data para o julgamento. Segundo o advogado Giancarlo Jaqueto, que atua como assistente de acusação, a expectativa é de que a sessão do júri fique para o ano que vem.
Marcelo responde preso ao processo desde março de 2012, quando Ítalo foi levado em estado grave para o PA Norte, no bairro Costa e Silva, e depois ao Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria. O menino não resistiu e morreu na madrugada.
A versão de Marcelo é a de que Ítalo foi vítima de um acidente ao cair de uma cadeira. A defesa dele alega que algumas das lesões encontradas no corpo da criança aparentavam ser anteriores a data da morte. Mas, para o Ministério Público, a autópsia e o laudo da reconstituição do crime comprovam que as lesões apresentadas por Ítalo seriam incompatíveis com a versão do acusado.
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O depoimento de profissionais que atenderam Ítalo no PA e no Hospital Infantil, assim como o depoimento de funcionários da funerária, reforçam a tese de que Ítalo foi morto pelo padrasto.