O advogado de defesa de André Luis Laurindo, 33 anos, preso na madrugada desta segunda-feira por suspeita de ter participado da morte de Eifner Wesley Braga Chamorro, 28, na noite de domingo na Via Expressa, em Florianópolis, nega a participação do cliente no crime.
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Segundo o delegado Nilton Celli, Laurindo foi reconhecido por Bruna Laís Oliveira Arcanjo, 20 anos, como responsável por atirar contra Chamorro depois de uma discussão por drogas. Bruna tinha um relacionamento com a vítima e estava com ele no carro quando Chamorro teria cobrar uma dívida por drogas de Laurindo, de acordo com o delegado. Chamorro foi morto com quatro tiros e Bruna esfaqueada por um segundo suspeito que continua foragido.
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Para o defensor do suspeito, Marcos Paulo Silva dos Santos, o reconhecimento da moça é questionável:
– Não se pode fazer o reconhecimento com uma pessoa só. Estava apenas ele quando a menina o reconheceu – alegou o advogado.
Outro apontamento feito pelo defensor é que Laurindo estava em casa no momento do crime:
– O André estava em casa com a esposa e a família. Ele só saiu às 21h40min para ir buscar um lanche. Já pedimos as imagens das câmeras para comprovar isso. Acabou tendo um equívoco.
Sobre a pequena quantidade de droga apreendida com o suspeito, Santos afirma que a droga era para consumo. Além disso, o valor de R$ 2 mil espécie também localizado com ele seria para pagamento de despesas da esposa, que estava grávida.
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O advogado ainda admitiu que o seu cliente cumpriu pena até recentemente por envolvimento na morte do delegado Luciano Bottini, em 2005.
O fato deste domingo
A Delegacia de Homicídios da Polícia Civil de Florianópolis investiga o que teria ocorrido momento antes de uma caminhonete Kia Sportage, com placas de São Paulo, capotar na Via Expressa na noite de domingo. Dentro do veículo, os bombeiros encontraram Eifner Wesley Braga Chamorro, 28 anos, morto a tiros, e Bruna Laís Oliveira Arcanjo, 20, ferida por facadas.
Segundo a Polícia Militar (PM), através do boletim enviado para a imprensa, a moça teria detalhado como ocorreu o desentendimento que causou o acidente. De acordo com a PM, ela relatou que Chamorro teria ido até a casa de André Luis Laurindo, 33, conhecido como Digui, no Bairro Abraão, para cobrar uma dívida de drogas.
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O fato foi confirmado pelo delegado Nilton Celli, que atendeu a ocorrência da prisão do suspeito na Central de Polícia durante a madrugada desta segunda-feira. Segundo Celli, a garota contou que Chamorro traria drogas do Mato Grosso do Sul para Florianópolis. Por isso, afirma o delegado, Chamorro teria ido ao local cobrar por entorpecentes.
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Na residência, de acordo com Celli, Digui teria aparecido com outro rapaz e os dois entraram na Sportage de Chamorro. Bruna falou à PM que no caminho a outro local onde pegariam o dinheiro, os rapazes começaram a atirar contra Chamorro e esfaquear a moça. Com a confusão, o veículo capotou na Via Expressa. Bruna teve ferimentos e foi levada ao hospital. Chamorro morreu no local.
Digui foi preso pela Polícia Civil durante a madrugada. De acordo com a PM, ele tem passagens pela polícia por ameaça contra homem, constrangimento ilegal, dano, desacato, desobediência, lesão corporal dolosa contra homem, corrupção ativa e resistência. Ele negou participação no assassinato, mas foi reconhecido por Bruna.
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Depois do procedimento policial, ela voltou para o Hospital Celso Ramos, onde segue hospitalizada por conta das facadas que recebeu.
Investigação prossegue
Titular da Delegacia de Homicídios, o delegado Ênio de Oliveira Matos, afirmou que a cobrança de uma dívida de drogas é uma das linhas de investigação. O trabalho dos policiais prossegue na tentativa de identificação do outro rapaz que estava no veículo junto com Digui e o casal. Matos está fora da cidade, mas segundo ele a investigação está em andamento.