O rompimento do presidente do Congresso, Eduardo Cunha, com a presidente Dilma Rousseff, e as novas fases das investigações de corrupção pela Polícia Federal tendem a prosseguir impactando a economia brasileira.

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O quadro político é de extrema importância ao tentar enxergar o futuro econômico de curto prazo e o Congresso volta de recesso cercado de dúvidas, com seu presidente prometendo diversas “pautas bomba” como a limitação do número de ministérios.

Do outro lado, o governo tentará a aprovação da proposta de repatriação de recursos e o projeto de lei das desonerações da folha de pagamentos. Vale destacar a necessidade da aprovação das contas públicas de 2014 no julgamento da TCU.

Destacamos ainda que as agências de rating Moody?s e Fitch devem realizar algum movimento nos próximos meses, visto que elas costumam aguardar a posição da S&P antes de alterarem o quadro do país, e o Brasil está a 2 degraus acima do limite entre grau de investimento.

O mercado acredita, em sua grande maioria, que ocorrerá o corte de um grau pela Moody´s, mas resta a dúvida quanto a perspectiva, entre estável e negativo.

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Nos EUA, mais uma reunião do Fed ocorreu em julho, e as taxas de juros foram mantidas nos mesmos níveis, no entanto, a reunião de setembro aparenta ter reais possibilidades de ser marcada pelo início do novo ciclo de alta nos juros.

O PIB do segundo trimestre veio abaixo do esperado, mas a revisão do PIB do primeiro trimestre mais do que compensou. O PIB está crescendo acima da tendência, o que é acompanhado de perto pelo Fed, e será decisivo para começar a subir juros.

Grande parte das declarações de membros do Fed nos últimos tempos reforçam que ocorrerá uma alta ainda em 2015, mas não asseguram o mês.

Na Europa, o acordo entre Grécia e seus credores caminha para um final favorável, embora o FMI ainda faça exigências, a principal se refere a aprovação das medidas de austeridade pelo Parlamento grego antes de confirmar o acordo.

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O próprio Brasil, um dos credores do FMI, exigiu uma postura mais firme da instituição na negociação. De qualquer forma, a turbulência que tomava conta dos mercados à pouco tempo com o temor de uma saída da Grécia da zona do euro, cessou.

Realmente a maior tensão está dentro do nosso território, já que as principais economias estão resolvendo os seus problemas.

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