Prefeituras de 28 municípios de Santa Catarina têm até sexta-feira, dia 8, para implantar Salas de Situação para monitorar o combate ao mosquito da dengue. A iniciativa faz parte do Plano Estadual de Intensificação das Ações de Mobilização e Combate ao Mosquito Aedes aegypti.
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A principal meta do plano é a eliminação, adequação e tratamento químico de potenciais criadouros em imóveis nessas 28 cidades, consideradas infestadas pelo mosquito transmissor dos vírus da dengue, febre de chikungunya e zika.
São elas: Anchieta, Balneário Camboriú, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema, Joinville, Maravilha, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, São Bernardino, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Serra Alta, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim.
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As salas de situação locais devem ter representantes de diversos setores, como, por exemplo, Vigilâncias em Saúde, Atenção Básica, Gerências Regionais de Saúde, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Secretaria de Educação e Secretaria de Obras e Infraestrutura.
– Localizados nas áreas infestadas, 400 mil imóveis deverão ser inspecionados até o dia 12 de fevereiro por meio de força-tarefa com a participação de agentes de combate a endemias, agentes comunitários de saúde, forças armadas, defesa civil, bombeiros e policiais militares – diz Suzana Zeccer, gerente de Zoonoses da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) e coordenadora da Sala de Situação estadual, implantada em dezembro do ano passado.
Um segundo ciclo de inspeções deverá ser realizado até 11 de março, com repetições bimestrais entre a segunda quinzena de março e junho de 2016.
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O objetivo é intensificar o controle vetorial nas áreas infestadas, com visita a todos os imóveis nessas áreas, de forma a atingir Índices de Infestação Predial abaixo de 1% no Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa). Dados do LIRAa realizado em novembro mostram índices de infestação pelo Aedes aegypti de até 6,3%.
Conheça as diferenças das doenças
Dengue
É uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. É transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado. Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor retro-orbital (atrás dos olhos), e manchas vermelhas na pele. Pessoas com estes sintomas que estiveram nos últimos 14 dias numa cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da dengue devem procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequado.
Febre Chikungunya
É uma infecção viral causada pelo CHIKV e que pode se apresentar sob a forma aguda (com sintomas abruptos de febre alta, dor articular intensa, dor de cabeça e dor muscular, podendo ocorrer erupções cutâneas) e evoluir para as fases: subaguda (com persistência de dor articular) e crônica (com persistência de dor articular por meses ou anos). O nome da doença deriva de uma expressão usada na Tanzânia que significa “aquele que se curva”. A doença também é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada pelo vírus.
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Zika vírus
É uma doença causada pelo vírus Zika (ZIKAV), transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti, infectado. Pode manifestar-se clinicamente como uma doença febril aguda, com duração de 3-7 dias, geralmente sem complicações graves. Segundo a literatura médica, mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas. Porém, quando presentes, a doença se caracteriza pelo surgimento do exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia, edema periarticular e cefaleia. A artralgia pode persistir por aproximadamente um mês. Desde abril de 2015, o Brasil vem detectando casos de Febre do Zika Vírus. Atualmente há circulação do ZIKAV em 18 estados do país.