O prefeito de Palhoça, Camilo Martins (PSD), falou com o DC depois da determinação da Justiça de cassação de seu diploma. O pessedista alega que não houve nenhuma irregularidade no trabalho que fez na ONG, pelo qual é acusado de abuso de poder econômico, e diz que vai se reunir com seus advogados para encaminhar recurso à Justiça. Confira os principais trechos da entrevista.
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Diário Catarinense – Como o senhor recebeu a decisão da Justiça Eleitoral?
Camilo Martins – Eu ainda não vi nem li a sentença, só fui comunicado pela juíza.
DC – A decisão dela fala em abuso de poder econômico e envolve a ONG Viver Palhoça. O que houve?
Camilo – Eu fui presidente dessa ONG durante um ano e pouco. Nesse período, ocorreram eventos, fizemos um trabalho social e essa ONG fez um convênio com o governo estadual. Quando saí da presidência, esse projeto foi tocado adiante, mas pela nova presidência. O Ministério Público alega que fui beneficiado politicamente pelo trabalho da ONG. Agora, vou me reunir com meu advogado, vou apresentar recurso junto ao TRE.
DC – Mas na sua avaliação, o trabalho na ONG o ajudou na eleição à prefeitura?
Camilo – Eu era voluntário da ONG, participava do trabalho, mas não houve ilegalidade. Na época, nem candidato a prefeito eu era, só virei candidato em julho de 2012.
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DC – Mas o senhor já era pré-candidato?
Camilo – Eu era filiado ao partido, trabalhava na Câmara, mas não sabia que seria candidato a prefeito, tanto que quase nem disputei as prévias.
DC – O senhor não acredita que essa instabilidade política prejudica Palhoça?
Camilo – Cada vez que um prefeito assume, muda o governo, troca o secretariado, tem projetos, licitação… É uma situação bem complexa para a cidade, é um prejuízo muito grande para a cidade. Mas vou me reunir com os advogados e vou recorrer. Acredito na reversão junto ao Tribunal Regional Eleitoral de SC. Vou tomar todas as medidas judiciais cabíveis para tentar reverter a situação.