Está aberto, a partir de hoje, o júri popular do 2º Prêmio RBS de Educação. O concurso vai premiar iniciativas de educadores que desenvolvem projetos de mediação de leitura e de jovens com propostas de incentivo à leitura em três categorias: Escola Pública, Escola Privada e Jovens Protagonistas.
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:: Conheça os finalistas catarinenses na categoria rede privada
:: Catarinenses estão entre finalistas da categoria jovens protagonistas
Promovido pela Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, com assessoria técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), o concurso premia práticas em qualquer área do conhecimento – não apenas em Português e Literatura – em escolas públicas e privadas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
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Foram 1.223 textos inscritos nos dois Estados – especialistas em educação definiram os 16 melhores projetos. Serão R$ 156 mil distribuídos entre finalistas, vencedores e instituições.
COMO VOTAR
? Acesse o site do prêmio: http://premiorbsdeeducacao.com.br
? Assista aos vídeos e escolha o seu finalista preferido.
? A votação vai até 21 de novembro, quando ocorre a solenidade de premiação.
? Durante a cerimônia serão anunciados os vencedores eleitos tanto pelo voto de especialistas quanto os escolhidos pelo público.
Conheça os projetos de mediação de leitura e eleja seu preferido até 21 de novembro:
Laços e letras de Brasil a Portugal
Patrícia Regina Wanderlinde Alves
Itajaí
? Escola Básica Professora Judith Duarte de Oliveira
? O projeto Intercâmbio cultural: viajando nas asas do conhecimento atende 60 alunos do 4o ano e estimula a troca de conhecimentos sobre a cultura açoriana entre a instituição itajaiense e uma escola portuguesa.
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A hora dos contos e das lendas açorianas se tornou o momento mais esperado para os alunos do 4º ano da Escola Básica Professora Judith Duarte de Oliveira, em Itajaí. O projeto Intercâmbio cultural: viajando nas asas do conhecimento transformou o dia a dia dos estudantes com a troca de experiências e valores culturais com uma escola de Portugal.
A iniciativa da professora e mestranda em Política de Administração da Educação, Patrícia Alves, surgiu da pesquisa sobre a história dos sobrenomes dos alunos. Como a maioria é de origem açoriana, a instituição decidiu fazer um intercâmbio com uma escola portuguesa por meio de cartas e materiais didáticos.
A primeira é a escola de São Roque do Pico, da Ilha do Pico, em Açores. Por cartas, livros e presentes os alunos conhecem a cultura e as brincadeiras dos portugueses.
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O próximo passo será fazer uma teleconferência.
– O mais importante foi o interesse maior dos alunos pela leitura. O interesse pelas informações aumentou significativamente – analisa a professora.
Duas gerações unidas pela leitura
Rosangela Kirst da Silveira
Palhoça
? EEB Prof. Maria do Carmo de Souza
? projeto Histórias para ver, ouvir e tocar tem cinco rodas de leitura feitas com os alunos do 1o e do 4o ano para estimular o contato com os livros por meio da discussão de elementos além do texto: imagens, sons, cenários, personagens e vivência de leitura.
Explorar os livros além do enredo e trabalhar com alunos de diferentes idades foi a proposta da professora Rosangela Silveira. Com as crianças do 4o ano da EEB Professora Maria do Carmo de Souza, em Palhoça, ela desenvolveu rodas de leitura temáticas junto à turma do 1o ano. O objetivo é estimular o gosto pelos livros entre os alunos mais novos e valorizar a leitura dos mais velhos.
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– Percebi que os alunos com idade entre cinco e seis anos até gostavam de ouvir histórias, mas poucos traziam de casa a cultura de comprar livros – diz Rosangela.
As rodas de leitura seguiram a preferência por contos de fadas e fábulas. Ela escolheu obras que valorizassem personagens, lugares, sons, ilustrações e vivência da leitura. Cinco encontros envolveram desde livros preferidos, gibis, reprodução dos sons, aula sobre os cenários das histórias até a última rodada, em que os mais velhos eram autores das histórias, lidas por eles ao 1o ano.
– Os mais velhos se sentiam importantes e, nos pequenos, trouxe a vontade de aprender a ler – resume a professora.
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A poesia explica o mundo
Evaine Célia Desidério
Luzerna
? Escola Municipal São Francisco
? O projeto Vamos brincar de poesia?, feito com 40 alunos do 3o ano, apresenta poemas em forma de brincadeiras. A partir de declamações da professora Evaine Célia Desidério, os alunos se interessaram pelo gênero, pesquisaram autores, aprenderam, declamaram poesias na cidade e hoje começam a escrever as próprias poesias.
Na porta da sala do 3o ano da escola São Franscisco, em Luzerna, há o aviso: “Não há nada a fazer, pessoal. Esta turma é mesmo um caso de poesia”.
A mensagem é adaptada do texto A incapacidade de ser verdadeiro, de Carlos Drummond de Andrade. O espírito poético foi incentivado pela professora Evaine Desidério, que cresceu ouvindo a mãe recitar poesias. No início, o gênero não chamava a atenção dos alunos. Mas a partir do poema Convite, de José Paulo Paes, que diz que “poesia é brincar com palavras”, ela criou o projeto Vamos brincar de poesia?.
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Após a interpretação da professora, os alunos pesquisaram autores, ensaiaram versos e foram às ruas recitá-los. O projeto os ajudou a superar a inibição, melhorar os textos e ver o mundo de forma diferente. Como resultado, alguns já começam a escrever as próprias poesias.
– Procuro não ficar só nos livros didáticos, mas selecionar textos bons para que depois eles possam escolher – diz Evaine.