A modelo gaúcha Amanda Griza, 19 anos, afirma ter vivido um “filme de terror” nos 18 dias em que esteve presa na China. Detida em 8 de maio com outras dezenas de colegas por problemas no visto de trabalho, a jovem foi impedida de telefonar para a família, em Balneário Camboriú, e só tinha ideia da sua situação nas raras conversas com o setor consular da embaixada do Brasil em Pequim.

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Solta na manhã deste domingo pelo horário de Brasília, noite na China, Amanda conversou rapidamente com Diário Catarinense pouco antes de embarcar de volta para casa. “Aliviada” pelo fim do cárcere, ela deve chegar às 21h de segunda-feira em Florianópolis, onde será aguardada pelos pais Edson e Elena. Confira trechos da entrevista.

Como foram os momentos na prisão?

Os dois primeiros dias em que estive na imigração e na polícia foram horríveis! Vivi um filme de terror! Fomos tratadas muito mal, eles gritavam com a gente e foram agressivos. Não nos deixaram ligar para nossas família e nem mesmo para embaixada.

Os policiais te maltrataram?

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Depois de sair da imigração, quando ficamos presas mesmo, melhorou. Não tem como dizer que fui bem tratada, mas não fomos ameaçadas como antes.

O que foi mais difícil neste período?

Tudo. A estadia, os dias longos, os meus pensamentos em minha família… Eu só queria ser deportada. Queria qualquer coisa, menos estar ali.

Você sabia que viajou com problemas no visto de trabalho?

Nunca imaginei, na verdade. Quando fui tirar meu visto no Brasil, disse que iria para China trabalhar como modelo, inclusive, entreguei um composite (espécie de cartão de visita usado por modelos) e tudo. Então, não sabia que teria problema.

E a sensação de estar voltando para casa?

Voltar pra casa sempre foi confortável, mas nunca foi tão agradável como agora! Só quero estar com as pessoas que amo e poder dar todo esse amor que tenho dentro de mim acumulado.

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