Teve fim na manhã deste domingo, pelo horário de Brasília, a angústia da família Griza. Após mais de duas semanas de prisão, a modelo gaúcha Amanda Griza, 19 anos, foi liberada pela polícia chinesa e embarca para o Brasil na tarde de hoje. Após conexões no voo, a jovem deve chegar às 21h de segunda-feira em Florianópolis.

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– Ela estava muito emocionada, não fazia ideia da repercussão do caso aqui no Brasil. Foram mais de 15 dias terríveis – afirmou o pai da jovem, Edson.

Natural de Osório, no litoral norte gaúcho, e com a família radicada em Balneário Camboriú, Amanda trabalha desde os 11 anos como modelo. Contratada para uma temporada de seis meses na Ásia, chegou em fevereiro à China. Sonho que guinou para pesadelo no último dia 8 de maio.

A jovem foi chamada para uma seleção de modelos, porém, o casting era falso, tratava-se de uma operação policial contra o trabalho ilegal no país. Segundo a família, a brasileira tinha problemas no visto necessário para atuar como modelo na China, informação só repassada após a prisão.

Detida com dezenas de modelos de outras nacionalidades, Amanda teve de suportar mais de duas semanas no cárcere. No período, seus pais, Edson e Elena, iniciaram uma campanha para trazê-la de volta para casa. A mobilização envolveu deputados e o ministro do Trabalho, Manoel Dias, que informou o governo chinês sobre a situação.

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Já os deputados Vieira da Cunha (PDT-RS) e Maria do Rosário (PT-RS) mantiveram contatos com o Itamaraty e com a embaixada chinesa no Brasil, cobrada pela falta de informações sobre a prisão de Amanda. No país asiático, o auxílio à jovem foi dado pela vice-cônsul brasileira, Carmelita Pollicott.

Amanda deixou a prisão na manhã deste domingo, pelo horário de Brasília, noite na China. Seguiu para o aeroporto, pronta para embarcar de volta ao Brasil. Pelo celular, conversou por um aplicativo de mensagens instantâneas com os pais, em Balneário Camboriú.

“Estou muito feliz”, disse a jovem.