O anúncio de uma unidade da BMW em Araquari deu destaque nacional para a cidade. E não é por menos: são mil novas vagas de trabalho decorrentes de um investimento de quase R$ 600 milhões em pouco mais de dois anos.

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Mas os empregos que a montadora alemã está abrindo na cidade representam só um quinto do total de novas oportunidades esperadas pela Prefeitura do município nos próximos quatros anos.

– Estamos recebendo contatos de muitos investidores. Há muitas empresas em negociação e outras já construindo na cidade. Devemos ter uma geração de empregos superior a 5 mil vagas nos próximos 4 anos -, afirma o secretário de Desenvolvimento de Araquari, Clenilton Pereira.

A montadora alemã é só o principal personagem de um fenômeno que já tem mais de cinco anos.

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– Ela chega como um símbolo de qualidade -, diz o prefeito João Pedro Woitexem.

A disponibilidade de terrenos planos e localização estratégica perto de portos, aeroportos, ferrovias e do entroncamento de duas importantes rodovias facilitou a instalação de novas empresas. Elas também foram incentivadas por uma política estadual de incentivos que concede mais benefícios fiscais para as cidades com menor índice de desenvolvimento humano.

Segundo dados do Ministério do Trabalho, nos últimos cinco anos foram criadas 3.145 oportunidades de trabalho com carteira assinada. O crescimento anual é quase que o dobro de Joinville.

Se todos os negócios previstos para a cidade até 2015 se concretizarem, Araquari, que hoje tem 7,8 mil trabalhadores com carteira assinada, vai registrar crescimento de 64%, chegando a uma força de trabalhadores formais de aproximadamente 12,8 mil pessoas.

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Este número pode ser ainda maior:

– Se levarmos em conta a BMW, por exemplo, a expectativa é de que cada vaga gere outras sete de forma indireta -, acrescenta o prefeito João Pedro Woitexen.

Uma usina de biodiesel chilena e uma empresa de Joinville que deve transferir sua sede para Araquari estão entre os principais investimentos que devem ser confirmados nos próximos meses. Juntos, estes negócios vão gerar 2,1 mil empregos.

Além das gigantes, o município também está recebendo empresas de grande porte, como a Jefer. A siderúrgica deve concluir a construção de uma unidade no ano que vem e gerar até 600 empregos. Também há a Plásticos Durín, que deve criar mais 600 postos. Outras companhias, como a Sampaio e a Beretta Gavanização, têm expectativa de gerar aproximadamente 100 vagas cada.

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– Há também as empresas menores, que devem abrir entre dez e 30 vagas. Destas, aparece uma por dia -, diz o secretário Clenilton Pereira.

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