Foi da televisão que veio o gosto pelo funk, mas da própria imaginação é que nasceram as letras educativas. Otávio Augusto Nogueira de Castro Santos, de apenas sete anos, trouxe a batida carioca para sua casa e criou duas letras de músicas. O compositor mirim, porém, deixou de lado a ostentação e a sensualidade para abordar um tema que lhe é caro: a educação. Com duas canções prontas, a família quer gravar clipes e lançá-los na internet, à procura de oportunidades.

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O “funk educação“, como o pequeno descreve, nasceu em uma tarde em casa, com a mãe, Schirlei Silva. Após assistir a um programa de televisão, Otávio pediu ajuda e começou a narrar a letra. A mãe anotou tudo e, assim, em menos de três horas, nasceram duas letras completas de funk.

– Ele criou tudo sozinho, da própria cabeça – conta Schirlei, orgulhosa.

A trajetória com a arte não é novidade para a família. A mãe conta que Otávio sempre gostou de imitar os jornais da televisão, já fez teatro com uma amiga e criou uma banda na creche. O incentivo familiar também tem papel nesse processo. O menino possui uma guitarra, um microfone, um acordeom e um pandeiro – todos pequeninos, para se adequar ao seu tamanho.

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Hoje no segundo ano do ensino fundamental, Otávio também conta com o apoio da professora, Joana Beatriz. Ela conta que em aula são trabalhados temas como poesia, paródia e músicas. Foi ela, também, quem incentivou a primeira apresentação pública das músicas, que ocorreu na semana passada. Foi durante a inauguração da biblioteca da Escola Waldemar Schimidt, na Ilha da Figueira, que Otávio deparou-se pela primeira vez com o público. E saiu-se bem. Com desenvoltura, o jovem funkeiro cantou as letras e empolgou colegas.

Agora, o plano é apresentar as músicas para um público maior. A mãe planeja contratar uma produtora para gravar um clipe das canções. Quem sabe, daí, investir em mais aprendizado e uma futura carreira artística para o menino.

Confira a segunda parte da música: