Apesar da beleza dos tentáculos coloridos, o coral-sol é uma espécie invasora que pode dominar a diversidade marinha e impedir o desenvolvimento de algas, esponjas e outros corais.
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Os biólogos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) usaram um câmera subaquática para registrar a extração do coral na Reserva Biológica Marítima do Arvoredo, localizada entre Florianópolis e Bombinhas, no Litoral catarinense. A remoção só deve ser feita por órgãos autorizados sob risco de praticar um crime ambiental.
Como a espécie costuma se multiplica rapidamente, a equipe está se mobilizando para a contenção dos novos focos. A expedição para o fundo do mar é feita a cada quinze dias com auxílio de marreta e espátula. É necessário tirar todos os vestígios e descartar os restos em terra para evitar que a espécie se fixe definitivamente na região.
Como o coral é originário do oceano índico, e lá existem entre 500 e 600 espécies, ele se tornou extremamente competitivo. A espécie exótica costuma “ganhar” das nativas e invadir o local, de acordo com a analista ambiental Adriana Carvalhal Fonseca
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A dominação não é apenas uma hipótese. Conforme biólogos, a espécie chegou ao Litoral junto com plataformas de petróleo e já teria dominado a Baía da Ilha Grande, no Rio de Janeiro. O coral tomou conta de um costão rochoso em uma área de aproximadamente 25 Km.