Uma luta para eliminar o coral sol, espécie recentemente encontrada no Litoral catarinense, está sendo travada por biólogos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Instituto Chico Mendes. Caso não seja eliminado, pode dominar e eliminar outras espécies semelhantes.
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Diferente de outras espécies, o coral sol consome os alimentos e expulsa outras formas de corais, explica Adriana Carvalhal Fonseca, analista ambiental da Reserva Marinha do Arvoredo.
– O Coral Sol é uma espécie exótica, invasora e que compete com as espécies nativas e ganha – explica.
O trabalho de remoção está sendo feito por biólogos da UFSC e do Instituto Chico Mendes. São visitas feitas quinzenalmente e, munidos de marreta e espátula, removem os corais.
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Segundo os biólogos, a espécie chegou ao Litoral junto com plataformas de petróleo. Os primeiros registros foram feitos na década de 1990, no Rio de Janeiro.
Em Santa Catarina, as primeiras colônias foram vistas em janeiro deste ano na Reserva Marítima do Arvoredo e agora ameaçam a maior diversidade marinha do Estado.
O problema, lembra o doutor em Biologia Marinha Alberto Lindner, é que o coral sol se multiplica facilmente e daí a importância de retirar todos os vestígios a cada remoção, descartando em terra os restos.
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– Há pequenas colônias espalhadas e caso a espécie não seja contida, pode dominar o espaço – alerta.
A dominação não é apenas uma hipótese. Na Baía da Ilha Grande, no Rio de Janeiro, isto já ocorreu. Lá, um espaço de aproximadamente 25 Km de costão rochoso foi invadido e, em algumas áreas, cobrem todo o espaço.
No entanto, apenas quem está autorizado pode retirar o coral sol do local, sob risco de praticar um crime ambiental e responder por isto.
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Outro problema é que a retirada feita de forma errada pode permitir a expulsão de larvas no ambiente e causar a proliferação da espécie.