Via-sacra pede por mais paz e segurança em Joinville

A tradicional via sacra da comunidade Santa Rita de Cássia, no bairro João Costa, foi antecipada nesta semana por um motivo mais do que especial. Agendada sempre para as quartas-feiras, moradores da região fizeram a mobilização terça-feira para pedir por mais segurança, paz e espiritualidade na região de Joinville.

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Homicídios e outros crimes, que têm assustado e preocupado os bairros de Joinville nos últimos meses, foram o grande motivo parar tirar os fiéis de suas casas e levá-los para a caminhada. De acordo com Rosimeri Cunha, que participa ativamente da comunidade desde sua fundação, há mais de dez anos, os grupos católicos do João Costa se dividiram em dois grupos, cada um deles com a missão de percorrer uma determinada região.

Como já é tradição no bairro João Costa, os que desejavam que o grupo parasse e orasse em frente às suas casas deveriam preparar um pequeno altar no portão, com a Bíblia aberta e uma vela acesa.

– Dessa forma, sabemos exatamente as famílias que querem a nossa força, a nossa oração. Serve de orientação, já que percorremos diversas ruas durante a via sacra – explica Rosimeri.

Com a reunião marcada para as 19h30 de terça-feira, os moradores que deixaram suas casas para se juntar à passeada tiveram de enfrentar a falta de energia que atingiu grande parte da zona Sul de Joinville. Munidos de velas, contudo, os fiéis não deixaram a escuridão atrapalhar a via-sacra, que reuniu cerca de 50 pessoas na rua Loami Lourenço.

Sônia Silveira Rodrigues, integrante da comunidade Santa Rita de Cássia e frequentadora assídua da igreja, foi uma das que se dedicaram na confecção do altar em frente à sua casa.

De pé, esperando o grupo chegar à rua em que mora, Sônia via de longe que sua sogra, de 87 anos, participava ativamente da marcha, entoando hinos e guiando todo o grupo, mesmo com idade avançada.

– Procuramos não perder nenhuma reunião ou grupo de oração da igreja. Somos muitos agradecidas e ficamos muito satisfeitas de ver que ainda temos energia para irmos às ruas e lutarmos para disseminar a fé – ressaltou Sônia.