Um acordo entre os vereadores encerrou a discussão em torno do número de relatórios da CPI dos Táxis de Florianópolis, que será encerrada nesta segunda-feira, com a divulgação do parecer.
Continua depois da publicidade
O vereador Ricardo Vieira (PCdoB) desistiu de apresentar uma versão diferente daquela que está sendo produzida pelo relator Tiago Silva (PDT). Os dois não concordavam sobre o viés político da investigação. Enquanto o vereador do PDT falava em basear o relatório nas provas, o vereador do PCdoB queria abordar o uso político-eleitoral das permissões.
Na sexta-feira, depois de uma longa conversa intermediada pelo presidente Guilherme Pereira (PSD), veio o consenso: o relatório deve abordar a conivência do poder público com as irregularidades, mas não deve indiciar agentes políticos como os ex-prefeitos Angela Amin (PP) e Dário Berger (PMDB).
O entendimento dos vereadores – também participaram da conversa o sub-relator Ed Pereira (PSB), Dalmo Meneses (PP), Edinho Lemos (PSDB) e Deglaber Goulart (PMDB) – é de que episódios como os churrascos com a participação de políticos realizado na oficina de Isaías Gomes dos Santos, suspeito de administrar 60 placas de táxi na Capital, devem servir de indícios para investigações futuras do Ministério Público e da própria Polícia.
Continua depois da publicidade
– Nos reunimos para discutir alguns detalhes do relatório e concordamos em elaborar um único parecer com todos os apontamentos – disse o presidente Guilherme Pereira (PSD), que trabalhou nos bastidores para impedir o racha.
O relatório final ainda está sendo ajustado e deve ser assinado pelos sete vereadores da CPI somente na manhã de segunda-feira. No início da tarde, será apresentado à imprensa. Vão participar da coletiva os sete vereadores que participaram da investigação nos últimos 90 dias.
O parecer tem de ser aprovado no plenário da Câmara antes de ser enviado ao Ministério Público e à Secretaria de Transportes. Uma cópia também deve ser encaminhada à Polícia Civil.
Continua depois da publicidade