Um racha pode comprometer o resultado da CPI dos Táxis de Florianópolis. Enquanto o relator Tiago Silva (PDT) trabalha para concluir seu parecer, o vereador Ricardo Vieira (PCdoB) analisa a possibilidade de apresentar um relatório paralelo, dando um viés mais político à investigação que ocorre há quase 90 dias.
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A polêmica surgiu na última semana. Enquanto o vereador do PDT fala em basear o relatório nas provas, o vereador do PCdoB quer abordar o uso político-eleitoral das permissões.
Na tentativa de acalmar os ânimos e impedir um racha, o presidente da CPI, Guilherme Pereira (PSD), tem conversado com os dois e busca o meio-termo.
– Eu, como presidente, digo que não há outro relatório que não seja o do vereador Tiago Silva – disse ele, que ainda acredita no consenso.
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Outros parlamentares falam em apoio ao relator.
– Me causa estranheza saber que o mesmo vereador que pediu que o advogado de Isaías Gomes dos Santos (investigado pela comissão) tivesse acesso aos autos da CPI agora fale em apresentar um outro relatório – disse o vereador Ed Pereira (PSB).
Procurado pela reportagem do DC, Tiago Silva preferiu não se manifestar sobre a polêmica.
Paralelamente a discussão em torno da versão final do relatório, a CPI dos Táxis foi prorrogada até 7 de setembro. Nesta sexta-feira, os vereadores vão se reunir para discutir o parecer a portas fechadas. Se houver consenso entre pelo menos quatro dos sete parlamentares, na segunda-feira a CPI deve divulgar as principais conclusões da investigação – a previsão inicial era entregar o relatório nesta quinta-feira.