Overeador Odir Nunes (PSD) está pedindo na Justiça um pedido de explicação do prefeito Udo Döhler (PMDB). O motivo é um vídeo gravado na segunda quinzena de dezembro de 2012, quando o então prefeito eleito Udo diz que vereadores da legislatura passada seriam o maior entrave para a aprovação de uma mudança de zoneamento na Estrada da Ilha.

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Os diálogos do vídeo, que serviram como uma peça de argumentação em um processo movido por associações de moradores que tentava cancelar a Conferência da Cidade, foram publicados com exclusividade pelo jornal “A Notícia” em 14 de maio.

Pedido de explicação é uma ferramenta judicial para dar mais subsídio ao processo penal. Neste caso, o autor da ação busca saber se uma fala foi dita contra ele ou não. Ou seja, Odir não tem certeza se a fala foi dita em relação a ele. Segundo o vereador, o pedido é para que o prefeito fale em frente a um juiz o que disse na ocasião.

– Quero saber sobre quais vereadores ele se referiu, como sabia disto, e por que não informou a Justiça a respeito. O prefeito precisa esclarecer tudo em juízo. Só assim poderemos ter certeza do que se trata – disse o parlamentar.

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Esclarecimentos ao MP

Na transcrição da gravação, o então prefeito eleito aparece alegando que o maior entrave para aprovar a LOT seriam as seguidas tentativas dos vereadores de mudar o zoneamento da Estrada da Ilha. “O entrave maior surgiu quando um grupo de vereadores começou a acertar ali aquele loteamento da Estrada da Ilha”, diz um trecho da conversa com um interlocutor não identificado.

Durante a tramitação da LOT, um dos temas polêmicos foi o tamanho dos lotes rurais, que atualmente são de 20 mil m² e passariam a ser, na Estrada da Ilha, áreas para condomínio residenciais com 2,5 mil m². Por meio de emendas, os parlamentares queriam diminuir os lotes para 600 m².

Segundo a assessoria do prefeito, Udo já prestou esclarecimentos sobre o caso ao promotor Affonso Ghizzo Neto e não tem nada mais a acrescentar. O prefeito reafirma que a fala seria uma suposição feita a partir dos rumores que circulavam pela cidade na época da votação da LOT.

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