Em entrevista à rádio CBN/Diário, o vereador de Florianópolis Célio João (PMDB), que teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral, disse que irá recorrer. Ele afirmou que só aguarda a publicação para que seu advogado entre com o recurso junto ao Tribunal Regional Eleitoral.

Continua depois da publicidade

– Estou bem tranquilo. Sempre atuei de uma forma muito transparente, e uma forma muito tranquila, na secretaria de obras, enquanto estive à frente da assessoria técnica – alegou o vereador.

Na sua defesa, afirmou que a questão dos mutirões era uma ação corriqueira da prefeitura, onde a prefeitura sempre teria feito parcerias com os moradores dos bairros ao fornecer o material e eles a mão de obra.

– Então eu não vejo de forma alguma crime em uma situação como essa – alega, afirmando que se afastou da secretaria municipal no período certo para a campanha.

Continua depois da publicidade

A Justiça, no entanto, vê de outra forma. Após analisar material em vídeo e ouvir testemunhas, o juiz eleitor Vilson Fontana, da 100ª Zona Eleitoral, julgou parcialmente procedente a ação.

Fontana explicou que as provas demonstram o funcionamento da máquina administrativa da Secretaria de Obras em prol da campanha de Célio João à vereador em 2012.

O candidato teria participado de uma reunião comunitária na qual organizou, em nome da prefeitura, um mutirão para pavimentação de uma rua.

Continua depois da publicidade

A decisão determinou que seja paga multa no valor de R$ 1.064,10 pelo vereador e o declara inelegível pelo período de oito anos, o que o enquadra na Lei da Ficha Limpa.