O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, garantiu nesta terça-feira que analisará um eventual pedido de asilo político por parte de Edward Snowden, acusado de espionagem pelos Estados Unidos.
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– Não recebi um pedido oficial, mas, se ocorrer, avaliaremos isto – disse Maduro em Porto Príncipe ao final de uma reunião com o presidente haitiano, Michel Martelly.
Os Estados Unidos tentam por todos os meios deter Snowden, acusado pelo vazamento de dados sobre a espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), envolvendo ligações telefônicas e a internet no país e no exterior.
– Snowden deveria receber uma medida humanitária mundial pela informação que ele divulgou (…) O que aconteceria se o mundo inteiro soubesse que a Venezuela faz espionagem? Certamente, convocariam o Conselho de Segurança da ONU – acrescentou Maduro.
O americano, que pode ser condenado a 30 anos de prisão, chegou a Moscou procedente de Hong Kong, onde estava refugiado desde 20 de maio.
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Desde domingo, Snowden está na zona de trânsito do aeroporto de Moscou, confirmou o presidente russo, Vladimir Putin, nesta terça. Putin também rejeitou a extradição solicitada pelos EUA, ao considerar que os dois países não têm acordos nessa matéria.
Os EUA exigem da Rússia a entrega de Snowden, que teve seu passaporte cancelado. A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Caitlin Hayden, declarou hoje que, embora não exista esse acordo, há “uma clara base legal para expulsar Snowden” da Rússia.
O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, também revelou ter recebido hoje uma mensagem do Departamento de Estado a respeito do caso Snowden e garantiu que será levada em conta na avaliação de um pedido de asilo.
No fim de semana, especulou-se sobre a possibilidade de que Snowden viajaria para Cuba, passando pela Venezuela – o que não aconteceu. O governo venezuelano não fez comentários sobre isso nesta terça.
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