As 30 famílias atingidas por um vendaval na noite de segunda-feira, no bairro São Bras, em Joaçaba, não tiveram trégua da chuva para recuperar as casas durante toda a terça-feira. Uma pessoa chegou a ficar ferida levemente.

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Era um dos 50 funcionários da empresa Hisa, do Grupo Weg, que trabalhava no turno da noite. Mas por pouco não houve mais vítimas.

Vendaval derruba parte de pavilhão da empresa Weg

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A servente Noeli Leite estava deitada no quarto de sua casa, por volta das 11h30, quando começou a ouvir o barulho do vento. Só deu tempo de ela ir até o corredor e ouvir o barulho dos pedaços do telhado vindo de um bar que fica em frente de sua casa. Com a força do vento a madeira arrebentou parte da janela, que é de metal e destruiu os vidros. Um pedaço de madeira foi parar na cama de Noeli.

– Parecia o barulho de uma bomba – lembrou Noeli, que não poderá dormir na sua cama pois ela ficou toda molhada.

O comerciante Jurandir Godoy teve destelhadas duas casas e o bar. Na hora do temporal, só deu tempo de abraçar a esposa Janaína e a filha Júlia, de nove anos.

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– Foi questão de segundos, nós nos abraçamos e ficamos esperando passar – disse. Depois que passou o temporal ele colocou uma lona na casa e aguardava o auxílio da Defesa Civil para recolocar as cerca de 300 telhas que foram destruídas. Além disso ele perdeu móveis e eletrodomésticos.

Na igreja Assembleia de Deus o telhado foi todo destruído, além os vidros da porta de entrada e algumas janelas.

Outra empresa do bairro, a Só Elétrica, teve uma parede que ficou torta. De acordo com o filho de um dos proprietários, Jhonatan Mischaudt, a estrutura está condenada e terá que ser reconstruída. A casa da família também foi destelhada.

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– Arrancou o portão, estourou canos, foi um susto – lembrou Mischaudt.

A Defesa Civil do município fez um levantamento das famílias atingidas para dar um auxílio. Os Bombeiros informaram também que quatro famílias do bairro Nossa Senhora de Lourdes deverão ser retiradas até o final da tarde, pois há risco de deslizamento.

Elas serão encaminhadas para um abrigo na antiga escola Dulce Fernandes, que vai abrigar uma estrutura do Exército.

O Rio do Peixe subiu três metros mas não há risco de alagamentos, segundo os bombeiros, pois necessita subir oito metros para começar a inundar e não há previsão de chuva tão intensa par isso, como ocorreu no ano passado.

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