A data está marcada. Entre março e abril de 2015, a robustez dos navios dará lugar à suavidade das velas no Rio Itajaí-Açu. Pela segunda vez Itajaí será sede da Volvo Ocean Race, uma das principais regatas do planeta.
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Diferente de 2012, quando sediou a única parada da prova na América do Sul, agora a cidade dividirá as atenções com Recife (PE). O posto compartilhado aumenta a responsabilidade da organização, que promete uma parada melhor do que a última. Uma vantagem, porém, Itajaí, já tem: a cidade ficou com a tarefa de recepcionar os velejadores após a mais a dura perna na regata – promessa de uma chegada emocionante e cheia de significado.
– Será a etapa mais esperada pelos velejadores – diz o holandês Stef Van Zand, diretor de portos da Volvo Ocean Race, que participou do anúncio oficial da Itajaí Stopover na manhã de ontem.
Ao todo, 82 cidades se candidataram para receber a regata e 10 mil simulações de rotas foram feitas até que se encontrasse o melhor trajeto. Na América do Sul, Itajaí e Recife tiveram como principal concorrente um destino na Argentina, que não teve o nome divulgado.
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Na escolha de Itajaí, segundo Zand, prevaleceu o contentamento da organização com o sucesso de público na última edição. A estimativa é de que 300 mil pessoas tenham acompanhado a chegada dos barcos e visitado a Vila da Regata entre março e abril do ano passado.
Capital do esporte
Diretor de operações da regata, Tom Touber disse que esta será a segunda vez, em toda a história da Volvo Ocean Race, que a prova passará pelo mesmo país duas vezes:
– Na época foi nos Estados Unidos, porque era o país mais importante do mundo. Vamos passar duas vezes pelo Brasil porque o país será, nos próximos cinco anos, a capital mundial do esporte. Receberá a Copa do Mundo, as Olimpíadas e a Volvo Ocean Race.
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A entrada já confirmada de um barco brasileiro na próxima edição, com bandeira de Pernambuco, promete aumentar o interesse do público. A tripulação, ainda mantida em segredo, pode contar com o velejador Torben Grael, campeão olímpico e vencedor da edição 2008-2009 da Volvo Ocean Race. Mas a possiblidade de um veleiro catarinense também integrar a flotilha ainda não foi descartada, e está em negociação.
– Se Itajaí entrar na disputa, seria interessante que tivesse uma equipe com perfil diferente da que virá de Recife – disse Touber.
Desta vez a regata terá equipes masculinas, femininas e mistas. Até agora, três estão inscritas – entre elas a holandesa SCA, formada apenas por mulheres, que está sendo treinada pelo velejador brasileiro Joca Signorini.
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A divulgação de todas as cidades sedes da regata vai ocorrer até fevereiro.
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Paradas anunciadas até agora
Alicante (ESP) – A cidade espanhola, banhada pelo Mar Mediterrâneo, é de onde partirão os veleiros rumo à Volta ao Mundo. A cidade tem mais de 330 mil habitantes e paixão declarada pela vela. No ano passado, passou a ser sede do primeiro museu dedicado à Volvo Ocean Race no mundo.
Recife (BRA) – A capital pernambucana receberá a primeira parada da Volvo Ocean Race, após a saída de Alicante. A cidade, com 1,5 milhão de habitantes, também será uma das sedes da Copa do Mundo em 2014. Recife terá uma equipe velejando a Volta ao Mundo na próxima edição.
Itajaí (BRA) – Receberá a fase intermediária da regata, após a passagem pela Oceania e pelos mares do Sul. A cidade de 183 mil habitantes espera repetir em 2015 o sucesso da etapa da Volvo Ocean Race em 2012, quando registrou 300 mil espectadores em 21 dias.
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