Quem tentou chegar ao destino na manhã desta segunda-feira na Grande Florianópolis precisou ter paciência. Além de esperar nos pontos de ônibus, os usuários tiveram que ficar de olho nos preços das passagens.
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Vans e ônibus escolares irregulares, que não foram autorizados pela Prefeitura, também estavam circulando com tarifas ainda mais cara. O problema está acontecendo especialmente no transporte intermunicipal, onde não há fiscalização. Os moradores de São José, Palhoça e Biguaçu representam cerca de 60% dos usuários na Grande Florianópolis.
Conforme o diretor de fiscalização da prefeitura, Dárcio Gustavo Correia Filho, os cinco bolsões de transporte alternativo na região central de Florianópolis contam com fiscais, que cobram R$ 4 para as rotas mais próximas ao Centro de Florianópolis e R$ 5 para as áreas distritais.
Apesar da prefeitura disponibilizar 400 veículos, entre ônibus, micro-ônibus e vans já cadastrados pela prefeitura para turismo e transporte escolar, os passageiros se irritam com a demora no transporte.
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Os usuários devem denunciar os veículos que estão cobrando tarifas mais caras pelo telefone 3224-2158 ( fiscalização da prefeitura), 190 ( Polícia Militar) e 153 ( Guarda Municipal).
Transporte precário
Segundo João Batista Nunes, secretário municipal de Transportes e Terminais da Capital, não é possível atender com agilidade todas as regiões.
– Estamos trabalhando de forma precária, com base em uma força-tarefa desenhada na última sexta-feira. Não temos como garantir horários ou quantidade de vans para cada destino.
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>>> GALERIA DE FOTOS: greve nos ônibus provoca transtornos para passageiros na Grande Florianópolis
Fique atento ao serviço para tentar driblar os trantornos:
:: Serviço de Transporte Especial
Funcionamento:
— Cinco bolsões de transporte alternativo serão criados na região central de Florianópolis.
— A frota, de 430 veículos, será composta por ônibus, micro-ônibus e vans já cadastrados pela prefeitura para turismo e transporte escolar.
— Nos bairros, os passageiros vão embarcar e desembarcar nos pontos de ônibus. Os terminais de integração estarão fechados.
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:: Regiões atendidas
– Área central, Continente, Norte da Ilha, Leste da Ilha e Sul da Ilha.
:: Percurso
– Os veículos vão percorrer o mesmo trajeto do transporte coletivo e estão orientados a parar em todos os pontos de ônibus que tenham passageiros.
:: Preço da passagem
– R$ 4 para a área central da cidade, que vai do Centro ao Norte, até o Floripa Shopping, ao Leste até o Itacorubi e ao Sul até o aeroporto.
– R$ 5 para as outras regiões.
:: Horário de circulação
– Das 5h às 20h.
– Após esse horário, os veículos só vão circular se houver demanda.
Fonte: Secretaria Municipal de Transportes, Mobilidade e Termina

Sobre a greve:
Em assembleia feita na noite deste domingo os trabalhadores do transporte público da Grande Florianópolis mantiveram a decisão de paralisar as atividades a partir da 0h desta segunda-feira. A paralisação deve durar 24 horas. Uma nova reunião no fim da tarde desta segunda-feira discute os rumos do movimento. Na quinta-feira, em três assembleias, a categoria já havia decidido pela greve.
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O encontro deste domingo – em que compareceram cerca de 2 mil trabalhadores – foi marcado depois que as empresas propuseram ganho real de 2% diante do pedido de 5%. Além disso, eles ofereceram reajuste no vale-refeição, de R$ 380 para R$ 410.
Como não propuseram nada sobre a redução da carga horária de 6h40min para 6h, a maioria dos trabalhadores decidiu manter a decisão.
O que querem os trabalhadores
::: Aumento salarial com base no INPC e mais 5%.
::: Redução da jornada de trabalho de 6h40min para 6h, sem redução salarial.
O que diz o Setuf
::: A diminuição da carga horária é inviável, pois exigiria a contratação de mais funcionários, e as empresas não podem arcar com o custo, que teria impacto no preço da passagem.
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::: A prefeitura já sinalizou que não vai mais autorizar aumento de tarifa.
Em mapa, veja onde ocorreram transtornos com a greve:
Visualizar Paralisação do transporte urbano de Florianópolis em um mapa maior