O fechamento do escritório do Ibama, em Joinville, programado para o dia 31 de dezembro deste ano, repercutiu negativamente entre lideranças de entidades e grupos representativos da cidade. A decisão está oficializada via portaria da presidência do órgão federal.
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Ibama vai fechar o escritório de Joinville
O vice-presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij), Mário Cezar de Aguiar, lamentou o encaminhamento e diz que a entidade vai tentar reverter a decisão. Segundo ele, essa é uma situação inaceitável e recai sobre o contribuinte.
— É uma decisão lamentável porque os licenciamentos são morosos e têm muitos critérios e sem o órgão no município essa morosidade e as dificuldades aumentam tanto para as pessoas físicas quanto para as empresas. Inibe investimentos, atrapalha o desenvolvimento. É incrível que ao invés de aumentar a estrutura para melhorar a celeridade dos processos eles optem por esse caminho — aponta.
Para a coordenadora do projeto Babitonga Ativa da Universidade da Região de Joinville (Univille), Marta Cremer, se mantida, a decisão representa perda inestimável para a região.
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— Tanto no que se refere ao ambiente terrestre quanto no marinho, sem este órgão, que nos prestava apoio importante, a gente se sente desamparado porque são poucos órgãos que ficam e, de fiscalizador, sobra só a Polícia Militar Ambiental na região, que tem pouco efetivo. Não dá para entender o motivo apresentado, do ponto de vista técnico, pela simples contenção de gastos porque é um grande retrocesso, pois trabalho tem e esse não é um território obsoleto — defende ela.
O biólogo Fabiano Grecco de Carvalho, membro do Grupo Pró-Babitonga, formado por 26 entidades representativas, destaca que a medida é uma situação complicada, considerando que a atuação do Ibama em Joinville já apresentava sobrecarga. Para ele, com a transferência das atribuições locais para a unidade de Itajaí os processos e serviços de responsabilidade do órgão tendem a ser mais demorados.
A preocupação também está em possíveis reflexos nas atividades aduaneiras, em que o órgão atua para fins de inspeção e liberação de mercadorias. Apesar da deliberação, o biólogo acredita que o fechamento ainda possa ser revisto.
— O Grupo Pró-Babitonga aprovou uma moção desaprovando essa decisão e dois integrantes do comitê executivo vão tratar dessa questão com a presidência do Ibama, em Brasília, essa semana. A esperança continua e há expectativa de reverter essa ação — afirma Carvalho.
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