Situações que expõem os personagens ao limite da distinção entre o certo e o errado. Este é o mote de Justiça, minissérie que estreia dia 22 de agosto, após Velho Chico, na Globo. Em 20 capítulos, a trama explora o conceito de justiça sob o ponto de vista ético e moral, explorando-o em quatro histórias. Cada uma delas passeia por lugares obscuros, onde predominam a vingança, o arrependimento e a incapacidade do perdão.
Continua depois da publicidade
“Nunca quis ser bonitão”, diz Cauã Reymond sobre o novo personagem que não é um galã
Antes da estreia, minissérie “Justiça”, da Globo, terá capítulos iniciais divulgados na internet
“Sou fascinada pela complexidade da vida. O feio e o pesado apontam naturalmente para o belo e o leve. A injustiça aponta para a justiça. É essa oposição que delineia tudo. Pensar na morte nos liga à vida, não ao contrário”, diz a autora, Manuela Dias.
O público conhecerá os dramas de quatro pessoas que são presas na mesma noite e passam sete anos na cadeia. E também de todos que estão ligados a essas condenações. Vicente (Jesuíta Barbosa) é traído e assassina a noiva, Isabela (Marina Ruy Barbosa), despertando a ira da mãe da garota, Elisa (Débora Bloch). Fátima (Adriana Esteves) mata o cachorro do vizinho, Douglas (Enrique Diaz), para defender o filho, mas é detida injustamente em um plano de vingança arquitetado por ele. Rose (Jéssica Ellen) é flagrada com drogas, mas que deveriam estar com Débora (Luisa Arraes). E Maurício (Cauã Reymond) é um homem romântico que comete eutanásia na esposa, Beatriz (Marjorie Estiano), depois que ela fica tetraplégica, ao ser atropelada por Antenor (Antonio Calloni).
Continua depois da publicidade
“Não é uma minissérie sobre o sistema penal, tratamos sobre o que é justo. São histórias ligadas por um tema e uma cidade”, explica Manuela.
Ambientada em Recife, a trama teve cenas gravadas em vários pontos da capital pernambucana. Como a praia de Boa Viagem, o mercado São José, o bairro de Brasília Teimosa e um apartamento do edifício Holiday.
Tudo em Justiça carrega no realismo, embora se trate de uma ficção. Desde o texto até a fotografia e a caracterização, a ideia é mostrar uma história marcante, mas sem glamour.
“Não há brilho, cabelos com cara de festa. Tem gente com olheiras por noites maldormidas. O que se sente ao conhecer os personagens é crível, humano, visceral”, diz a caracterizadora Lu Moraes.
Continua depois da publicidade
Da mesma autora da bem-sucedida Ligações Perigosas, a minissérie vem com novo formato. Às segundas-feiras, o telespectador acompanhará a história de Vicente e Elisa; às terças-feiras, a de Fátima; às quintas-feiras, a de Débora e Rose; por fim, às sextas-feiras, a de Maurício.
“Os diálogos são bons. Manuela escreve com muita verdade e deixa o público bem próximo da trama. Esse formato exige uma matemática na hora de cruzar as histórias para tornar a obra crível”, fala o diretor artístico, José Luiz Villamarim.