O Vale-cultura injetará R$ 11,3 bilhões na cadeia produtiva do setor nos próximos anos, segundo números divulgados pela ministra da cultura, Marta Suplicy.

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A ministra esteve em Porto Alegre ontem para apresentar o projeto segundo o qual 18,8 milhões de trabalhadores em potencial receberão de seus empregadores um cartão para gastar R$ 50 mensais em cultura.

Cerca de 337 mil empresas são tributadas com base no lucro real, critério do Ministério da Cultura para adesão ao programa. No Estado, são 75,6 mil as empresas que se enquadram no quesito. Estas empresas poderão deduzir o valor no Imposto de Renda. O vale-cultura tem como objetivo estimular a produção cultural e o empreendedorismo no setor.

– Tem cidades que têm cinema fechando. Esses cinemas não vão precisar fechar. Seria muito interessante que as prefeituras estimulassem as produções culturais para ficarem fortalecidas. O que queremos é que a pessoa gaste o recurso dela na cidade onde mora – disse Marta Suplicy.

A expectativa é que sejam investidos na cadeia produtiva da cultura, no segundo semestre de 2013, cerca de R$ 300 milhões. O benefício do vale-cultura poderá ser concedido para quem recebe até cinco salários mínimos, mas a expectativa do ministério é que atinja, na maioria, trabalhadores que recebem entre R$ 1.600 e R$ 1.800 por mês.

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Marta Suplicy visitou as obras do Multipalco Theatro São Pedro, que ainda busca R$ 12 milhões para a conclusão:

– Já teve uma (autorização pela) Lei Rouanet que permitiu uma captação grande e agora está para ser julgada outra aplicação da Lei Rouanet. Se precisar do meu voto, vai ter.

A ministra ainda almoçou com o governador Tarso Genro e se encontrou com o prefeito José Fortunati. À tarde, participou da solenidade de envio à Assembleia Legislativa do projeto de lei do Sistema Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul, instrumento de organização dos investimentos no setor que inclui o planejamento dos gastos nos próximos 10 anos.