Enquanto os terminais de ônibus estão fechados em Florianópolis, centenas de pessoas se acumulam nos pontos aguardando esperançosamente que algum transporte venha a aparecer. A greve no transporte coletivo da região, que começou na madrugada desta segunda, deve atingir cerca de 450 mil usuários que circulam diariamente na Grande Florianópolis, segundo informações do Sindicato das Empresas de Transporte.

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No meio das milhares de pessoas atingidas, está a empregada doméstica Marilze Santos, 50 anos, moradora do Estreito. Todos os dias, ela pega três ônibus para chegar até o trabalho. A rotina de transporte que começa às 6h30min e termina às 8h10min, na casa dos patrões, não se repetiu nesta segunda-feira. Já passava das 7h quando Marilze estava agoniada no ponto esperando que um ônibus aparecesse. Mas não surgiu.

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– Agora vou ficar esperando. Depende de que alguém venha me pegar ou vou voltar para casa – disse Marilze.

Sobre a greve, ela não disse concordar e nem discordar. Ela entendeu o lado dos trabalhadores, que reivindicam salários melhores, mas disse que o melhor seria ter um acerto para não prejudicar quem mais precisa.

– É o pessoal que depende de ônibus quem mais sofre – disse.

Um meio termo seria disponibilizar transporte coletivo pelo menos de manhã e no fim da tarde, quando mais há demanda na opinião da empregada doméstica.

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