Os dois fuzis apreendidos na tarde desta segunda-feira no bairro Forquilhinhas, em São José, são peças usadas pelas forças do exército, com calibre 5,56 mm e com precisão para atingir o alvo a 1,4 mil metros de distância.
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De acordo com o delegado da Divisão de Roubos e Antissequestro da Deic, Anselmo Cruz, a arma de grande potencial deve ter entrado no Brasil contrabandeada e tinha como destino reforçar os soldados do tráfico na região.
– Um tiro com uma dessa atravessa colete à prova de balas que nem manteiga – disse Cruz.
Dois exemplares semelhantes foram encontrados no mesmo bairro, em São José, em junho do ano passado, durante operação da Deic que prendeu Maicon Cesar Ramp, o Cezão. As armas apreendidas na época serviriam para assaltos, sequestros e cobrança de dívidas pelo Primeiro Grupo Catarinense (PGC). A polícia ainda não faz relação entre as duas ocorrências.
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Armas foram encontradas no forro do teto
As armas de fabricação canadense foram encontradas durante operação de policiais civis da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), que estavam em busca de um foragido na região.
Quatro pessoas foram encaminhadas à delegacia para prestar esclarecimentos. Uma mulher de 70 anos, a proprietária da residência, acabou presa e encaminhada ao Presídio Feminino de Florianópolis, enquanto os outros três do grupo, dois homens e um menor, foram liberados.
O trabalho dos policiais era baseado na informação de que havia um fugitivo da Justiça no bairro Forquilhinhas. De acordo com o delegado da Divisão de Roubos e Antissequestro da Deic, Anselmo Cruz, durante as diligências um rapaz mostrou-se muito nervoso com a presença dos agentes de segurança e ao ser abordado acabou entregando o esconderijo das armas.
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Na casa apontada pelo sujeito estavam três pessoas, entre elas a proprietária da residência. Os dois fuzis novos, com número de série, estavam escondidos no forro do teto, junto com uma balança de precisão.
– Nenhum dos quatro esclareceu o motivo da arma estar ali. Ainda vamos investigar o destino delas, mas tudo indica que é vinculada ao tráfico de drogas – afirmou.
Durante interrogatório na Deic, a proprietária da residência disse não ter conhecimento sobre as armas. Segundo Cruz, a senhora é mãe de 12 filhos e alguns deles têm passagem pela polícia por diversos crimes. Ela vai responder por porte de arma de calibre restrito, que prevê pena de três a seis anos de reclusão.
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