Os fuzis na mesa da polícia davam a dimensão do arsenal do crime organizado em Santa Catarina. As armas serviriam para assaltos, sequestros e cobrança de dívidas pelo Primeiro Grupo Catarinense (PGC). Estavam com um jovem de 28 anos condenado há 12 anos de prisão e que aguardava julgamento de recursos em liberdade.
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Na manhã desta terça-feira, após dois meses no encalço de Maicon Cesar Ramp, o Cezão, a polícia decidiu entrar em sua casa, na Rua José Wilson Francisco, Bairro Forquilhinhas, em São José.
Os policiais da Divisão de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) tinham mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça.
Maicon dormia. Embaixo do travesseiro, havia uma pistola. Na revista, os policiais encontram mais cinco armas embaixo de um móvel rústico, na sala. Eram dois fuzis .223 Remington, que utiliza munição do mesmo calibre do fuzil AR-15, uma submetralhadora, uma espingarda calibre 12 e outra arma caseira.
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Na casa foram apreendidas ainda 10 quilos de drogas, sendo oito quilos de cocaína e dois quilos de maconha, dinheiro, telefones celulares e munição. Maicon é tido pela Deic como integrante da facção criminosa PGC e teria recebido o armamento na noite de segunda-feira.
O delegado Cláudio Monteiro, responsável pela operação, destacou o rápido trabalho dos promotores Geovani Tramontin e Fabiano Garcia do Ministério Público de Santa Catarina para amparar a ação policial.
Maicon foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e porte ilegal de armas. A polícia ainda estuda enquadrá-lo por contrabando, pois os fuzis são importados.
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O DC não teve acesso ao preso nem ao seu advogado. Maicon é condenado a nove anos e quatro meses de reclusão por tentativa de homicídio e três anos de prisão por porte ilegal de arma.
Atualmente, estava em liberdade aguardando julgamento de recursos em tribunais superiores. A polícia informou que ele diz trabalhar como autônomo.