Há um mês, a superbactéria KPC provocava a morte de mais um paciente no Hospital Municipal São José, em Joinville. Naquele dia 20 de agosto, cinco óbitos já tinham sido registrados e o sinal de alerta disparou. Passado 30 dias, a situação agora é outra. Quatro pacientes do surto de julho permanecem internados e colonizados.

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Tire suas dúvidas sobre a infecção.

Para evitar novos casos, o hospital recebeu a ajuda de uma empresa que realiza análises microbiológicas. O trabalho começou em 18 de agosto, quando a planta baixa da estrutura do prédio foi enviada para avaliação, além da quantidade de pacientes isolados, localização das unidades de isolamento e procedimentos usados na investigação de surtos.

– Foi construído um plano de ação para cada unidade de internação do hospital, apontando as melhorias necessárias de acordo com os resultados obtidos, resultados que estão sendo repassados para os setores. Esse processo deve ser concluído até 30 de setembro – informou a assessoria de imprensa do São José.

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O hospital não divulgou também quais setores já sofreram as modificações sugeridas pelo resultado da análise. A Neoprospecta, empresa de Florianópolis, fez gratuitamente a identificação das áreas de risco no São José. Com uma espécie de cotonete, dois funcionários da empresa, mais dois do hospital, realizaram a coleta de material nas áreas infectadas. Em laboratório, foram desvendados os tipos e descobertos os esconderijos da KPC.

O diretor da Neoprospecta Marcos Oliveira de Carvalho usou o exemplo de outro hospital para explicar os procedimentos realizados pela empresa. O resultado pode ser visto online.

Um gráfico exibe em cores a incidência de tipos de bactérias, conforme espaços, objetos e até componentes do corpo médico. Nem a mão dos enfermeiros escapa. No caso usado como exemplo, a equipe de Carvalho identificou que a geladeira era o problema. Era um criadouro de enterobactérias. O equipamento foi substituído imediatamente.

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