Pelo menos 35 mil alunos voltam às aulas nesta segunda-feira na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e com uma polêmica aguardando por resposta: o fechamento dos portões instalados no dia 24 de julho nas três entradas da universidade como estratégia para diminuir o número de ocorrências policiais no interior do campus de Florianópolis.

Continua depois da publicidade

Enquanto o debate não avança entre as entidades que formam a UFSC os portões ficarão abertos. Segundo o chefe de gabinete da Reitoria, Carlos Vieira, a administração da universidade espera encontrar até o fim da semana um lugar com espaço suficiente para receber representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc) e do Sindicato dos Trabalhadores (Sintufsc). Durante o encontro, será feita a votação – a princípio os veículos não trafegariam no campus das 23h às 6h, com livre passagem para pedestres e bicicletas.

– Minha expectativa é de que tenhamos essa decisão em até 15 dias – disse Vieira.

A reitora Roselane Neckel e o pró-reitor de Administração, Antonio Carlos Montezuma, propuseram a restrição de acesso ao campus por causa de uma sequência de roubos, furtos, festas inapropriadas, rachas e barulho excessivo dentro da instituição. Além do cercamento, um novo projeto de iluminação está em processo licitatório e que prevê investimento de R$ 3 milhões com a instalação de cerca de 400 câmeras nos prédios, somando mais de mil câmeras ao todo.

Continua depois da publicidade

A proposta dos portões

A UFSC tem três entradas principais ao campus de Florianópolis e que receberam os portões: a rótula com acesso à Rua Lauro Linhares, perto da biblioteca; a entrada pela Rua Deputado Antônio Edu Vieira em direção ao curso de Arquitetura e Urbanismo; e a entrada pelo Bairro Carvoeira, com acesso ao Colégio de Aplicação. As outras passagens para a universidade já são cercadas.