A Universidade Federal de Santa Catarina começou a controlar o acesso ao campus de Florianópolis. Portões foram instalados nas três entradas principais: pela rótula da Biblioteca Universitária com acesso à rua Lauro Linhares; na via próxima ao Colégio de Aplicação em direção ao bairro Carvoeira; e o caminho pelo Curso de Arquitetura na rua Deputado Antônio Edu Vieira, no bairro Pantanal. É uma medida para aumentar a segurança e diminuir a incidência de carros de som e rachas dentro do terreno da instituição.

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>>“Jamais fecharemos a UFSC para a comunidade”, diz chefe de gabinete da reitoria da universidade

Em entrevista ao Diário Catarinense no último dia 10 de maio, a reitora Roselane Neckel garantiu que não tomaria atitudes sem consultar a comunidade interna. Segundo o chefe de gabinete da reitoria, Carlos Vieira, os portões não significam uma mudança na relação com a comunidade e garantiu que o acesso continuará livre, por isso não foi marcado um debate mais amplo antes da instalação.

>>“É muito simbólico”, diz coordenador do Diretório Central dos Estudantes da UFSC sobre instalação de portões

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– Vamos manter os portões abertos até o início das aulas, quando será realizada uma discussão com todos. Jamais fecharemos a UFSC para a comunidade – disse Vieira.

Caso seja decidida pela utilização dos portões em debate público, eles bloquearão inicialmente a passagem de veículos das 23h às 6h, sem inteferir no trânsito de bicicletas, pedestres e ônibus. Guaritas serão construídas junto às entradas, onde será feita a fiscalização de quem entra no campus. O diretor do Departamento de Segurança (Deseg), Leandro de Oliveria, diz que este é o primeiro passo das medidas que preservarão a segurança da UFSC. As grades danificados ao redor do terreno serão recolocadas.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) avalia ter uma “relação aberta com a reitoria”, mas pede mais diálogo com relação ao planejamento da segurança. Coordenador do DCE, Eduardo Soares acredita que a atitude é muito simbólica, e que a discussão não deve circular ao redor de atitudes pontuais, mas de um plano discutido e estruturado que resulte na diminuação das ocorrências na instituição.

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– Isso é uma agressão ao espírito universitáio. É um espaço cultural, há uma concepção de universidade. Infelizmente não houve um debate da maneira mais ampla possível – explicou o estudante.

O melhor controle de acesso ao campus faz parte de um pacote anunciado desde o início do primeiro semestre para garantir mais segurança aos alunos, professores e técnicos administrativos. Pelo menos 1000 câmeras já fiscalizam os possíveis crimes no campus e um projeto para aumentar a iluminação deverá ser licitado em agosto deste ano pela Secretaria de Administração. A assessoria da UFSC informou que a reitora Roselane Neckel estava em viagem e não poderia conversar com a redação.

::Leia a nota completa publicada pela UFSC