A Ucrânia acusou neste sábado rebeldes pró-Rússia de tentar destruir as evidências de “crimes internacionais” no local da queda do avião da Malaysia Airlines. O governo ucraniano disse que os separatistas estavam impedindo o início das investigações de representantes internacionais e de seus especialistas.
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Em comunicado, a Ucrânia afirmou que “os terroristas” retiraram 38 corpos do local, que teriam sido levados a um necrotério na cidade de Donetsk, controlada por rebeldes.
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O local da queda está localizado em uma área controlada pelos rebeldes pró-russos, perto da cidade de Shakhtarsk, e o conflito armado entre os separatistas, que rejeitaram um cessar-fogo, e o governo de Kiev, torna as operações de investigação particularmente complexas.
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Kiev alegou que separatistas estariam tentando transportar os destroços do avião para a Rússia e disse que a comunidade internacional deveria pressionar Moscou pela retirada dos rebeldes e para que especialistas ucranianos e internacionais realizem suas investigações.
Mais cedo no sábado, uma equipe de 25 observadores internacionais disse que separatistas limitaram o acesso aos destroços da aeronave. Um porta voz da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) disse na sexta-feira que homens armados realizavam a segurança da área, e um deles atirava para o ar.
Separatistas haviam garantido que permitiriam o acesso de investigadores internacionais à área da queda do avião, segundo a OSCE.
Ainda não há confimação sobre o que provocou a queda do Boeing 777, mas acredita-se que a aeronave tenha sido atingida por um míssil terra-ar disparado de uma área sob controle de rebeldes no leste da Ucrânia na quinta-feira.
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O avião da Malaysia Airlines fazia o vôo de Amsterdã a Kuala Lumpur e caiu entre Krasni Luch, na região de Luhansk, e Shakhtarsk, em Donetsk.
*AFP
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