Hannover, típica cidade alemã da Baixa Saxônica tem apenas 500 mil habitantes, mas a maior área de exposição do mundo. Ali se realizam todos os anos as principais feiras internacionais, com destaque para informação (CeBIT), indústrias e diferentes segmentos produtivos. Santa Catarina tem marcado presença na tradicional Feira de Hannover, todos os anos, no mês de abril, com suas principais indústrias ou com delegações.
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No ano passado, a Feira recebeu 180 mil visitantes de todas as partes do mundo. Claro que não havia hotéis para acomodar tanta gente. Em 2016 e nas últimas décadas.
Quem visita Hannover há mais de 25 anos testemunha: a cidade e a organização da feira montaram um inteligente serviço de hotelaria para os milhares de visitantes. Proprietários de residências e apartamentos que desejam aumentar a renda se cadastram na municipalidade, tem as instalações submetidas à inspeção sanitária, recebem orientação sobre serviços básicos de hotelaria e até de língua estrangeira. Resultado: a maioria dos visitantes se hospeda em casas de famílias alemães, numa rica convivência, ou em apartamentos particulares.
Tem algum mistério repetir esta experiência em Florianópolis? Claro que não. O que falta é vontade política, planejamento, organização. Aqui é uma bagunça generalizada. Jovens montados em bicicletas com placas “aluga-se”. Adultos em cadeiras de plástico nos pontos estratégicos com vistosas placas. São dezenas espalhados por Canasvieiras, Lagoa, sul da Ilha. Ranchos são improvisados. Casas e apartamentos viram hotéis, numa concorrência desleal e predatória com o setor que paga impostos, gera emprego e renda na cidade.
Enquanto a Capital não regulamentar esta e outras atividades, o turismo de massa avança e sua qualificação vai para o espaço. Corre-se o risco de virar uma nova Acapulco, a joia turística do Pacifico mexicano que entrou em decadência e hoje está nas mãos do crime organizado.
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