Santa Catarina viverá esta semana uma situação política inédita. Pela primeira vez, o secretariado estadual terá representantes do PMDB e do PP. Até agora, os dois partidos se revezaram no poder. Quando o PP governava o Estado, o PMDB fazia oposição e ficava totalmente à margem da administração.
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A presença dos progressistas será oficializada nesta quarta-feira, com posse do deputado estadual Valmir Comin na Secretaria do Trabalho. Vai conviver com líderes do PMDB, principalmente os novos secretários Luiz Fernando Vampiro, Miltom Martini e Acélio Casagrande.
O governador Raimundo Colombo conseguiu abrigar no primeiro escalão representantes dos maiores adversários na política catarinense nos últimos 50 anos. Atinge três objetivos: garante maioria na Assembleia para aprovar este ano projetos com medidas duras; pavimenta os caminhos para as eleições de 2018; isola o PT, já fragilizado.
A entrada do PSDB, esta semana, não será tão festejada quanto a do PP. Os tucanos estão divididos. E a presença dos deputados Leonel Pavan, na Secretaria de Turismo, e Vicente Caropreso, na Secretaria da Saúde, representa “uma opção isolada”, enfatiza o presidente Marcos Vieira.
– O PSDB não fará parte do governo, não pediu e nem vai requerer cargos – completa Marcos Vieira, que não admite a perda de uma cadeira na Assembleia – com a saída de Pavan assumirá o primeiro suplente Dóia Guglielmi. E com a nomeação de Caropreso, sobe Nilson Gonçalves, eleito pelo PSDB, que se mudou para o Paraná e agora está sem partido. Ele vai assumir, ficando no cargo por 60 dias, no mínimo.
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Os líderes do PSDB condicionaram o ingresso dos dois deputados à posse do terceiro suplente, Marcos Wanroswski, de Blumenau. O que não vai ocorrer já.
– O PSDB está fora do governo – proclama o senador Paulo Bauer, referendando o presidente do diretório estadual, Marcos Vieira.
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