O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o pedido do deputado Dóia Guglielmi (PSDB) para uma nova tentativa de recuperação dos votos da urna de Içara, do Sul de SC, que apresentou problemas no primeiro turno das eleições. Foi uma decisão monocrática da Ministra Thereza de Assis Moura. Natural de Içara e derrotado por 38 votos pelo correligionário Vicente Caropreso (PSDB), Guglielmi poderia garantir sua reeleição com os votos da urna.
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O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) ainda aguarda o laudo da perícia feita no dia 5 de novembro, que não foi capaz de recuperar os votos e deve apontar se eles serão considerados nulos ou não.
Feita por peritos do TRE-SC, a perícia contou com o uso de um aplicativo e a inserção de um cartão de memória, mas não obteve êxito em recuperar os 287 votos da seção 458 da zona 79, que contabilizou apenas 44 votos por meio de cédulas de papel quando a urna apresentou defeito no primeiro turno das eleições e foi trocada quatro vezes.
Ainda há a possibilidade de uma nova votação na Escola Tranquilo Pissetti. Outra possibilidade ainda seria a descriptografia.
Antes da perícia do TRE-SC, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) respondeu negativamente ao pedido feito pela corte estadual, pela juíza Bárbara Lebarbenchon Moura Thomaselli, relatora do caso, para que fossem enviados técnicos com programas que, em tese, poderiam ajudar a revelar o destino dos votos.
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.:: TRE-SC determina audiência pública para perícia em urna de Içara
No pedido negado, em correspondência assinada pelo presidente do TSE, Antonio Dias Toffoli, o magistrado alega que “a decisão regional se deu à revelia deste Tribunal Superior, sem prévia consulta às unidades técnicas do TSE e sem a orientação deste órgão central para verificar a possibilidade de recuperação dos votos da urna eletrônica”.
No final de outubro, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) determinou a realização de uma audiência pública no dia 5 de novembro com a presença de técnicos locais como última tentativa para recuperar os votos da seção 458 da zona 79 – a da urna queimada – e requisitou a presença de técnicos do TSE para descriptografar os dados.