Atividades de cultivo, extração e comércio legal de ostras e mexilhões. Esses assuntos serão debatidos durante o intercâmbio profissional e sociocultural que três maricultores da Capital irão participar na França em maio deste ano. Os nomes dos vencedores serão divulgados na próxima quarta-feira, 22, às 16h, pelo Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis (Igeof). Outros nove profissionais poderão participar da mesma iniciativa até o fim de 2016, segundo o Igeof.

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O intercâmbio está sendo viabilizado por meio de convênio assinado entre Prefeitura de Florianópolis, Igeof, e o Liceu do Mar e do Litoral, de Bourcefranc-de-Chapus, na França. A iniciativa prevê a execução de uma série de projetos de natureza científica e de formação técnica ligados ao desenvolvimento sustentável, à aquicultura, à maricultura e à pesca. Em contrapartida, estudantes franceses também virão à cidade aprender novas técnicas e formas de trabalho.

– Lá, o trabalho é bastante mecanizado, pois a mão de obra custa caro. Já é um ponto importante de diferença com a nossa realidade. Aqui, é um trabalho manual e mais pesado, o que obriga o maricultor a cultivar perto da praia. Na França, cada maricultor tem seu barco, equipado para trabalhar a bordo e levá-lo até o cultivo que pode ser longe da cabana – explica a consultora em cooperação internacional Jeanine Périe.

Nei Leonardo Nolli, David Freitas Carriconde, Klaus Nelson Ferreira, Nilton Cesar Kretzer, Tânia Fátima de Melo Saievicz e Ruy Avila Wolf participaram previamente de um edital de chamamento público e foram pré-selecionados pelo órgão municipal. A seleção dos seis candidatos levou em conta a apresentação dos documentos exigidos, comprovação de registro de aquicultor e contrato de cessão de uso de águas públicas da União para fins de aquicultura.

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Troca de experiências

Em novembro de 2014, uma comitiva da região a ser visitada pelos maricultores de Florianópolis veio à cidade. O vice-presidente do Departamento de Charente Maritime, Jean-Claude Beaulieu; a vice-prefeita da capital de Charente Maritime, Marylise Fleuret-Pagnoux; e o secretário do Desenvolvimento Internacional de Charente Maritime, Sylvain Pothier-Leroux estiveram na Capital.

Entre as atividades realizadas aqui, destaca-se a visita a uma empresa de beneficiamento de moluscos licenciada no Ribeirão da Ilha, que permitiu conhecimento da fazenda marinha, cultivo de ostras e manejo da produção, que chega a 160 mil dúzias de ostras e 60 toneladas de mexilhão por ano.

– Ficamos impressionados com o tempo de crescimento das ostras aqui em Florianópolis, garantindo uma produtividade de uma safra e meio por ano – relatou Beaulieu à época.

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