Preparar um simples café pode parecer algo comum, mas para três mulheres da região isso se tornou uma profissão. O novo emprego oportunizou que elas se tornassem baristas, profissional especializado em cafés de alta qualidade. Agora, elas não preparam simples xícaras de café, mas fazem arte com a bebida.
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Há oito meses Daiany Rocha começou a trabalhar no posto Mime da rua Epitácio Pessoa, em Jaraguá do Sul. Lá, aprendeu a fazer 12 tipos de café, desde o café expresso ao cappuccino vienense. Segundo ela, não dava tanta importância ao café até conhecer as técnicas e ter os equipamentos adequado para prepará-lo.
– Aprendi a tomar o expresso, que é mais forte que o café que tomamos em casa. Comecei a apreciar a forma de preparar e de degustar o café – conta.
O mesmo aconteceu com Suzana Schreder, que trabalha em Pomerode, e Cristiane Santos, de Schroeder. Ambas trabalham nas lanchonetes dos Postos Mime e elas têm como café preferido o Mocha. Na receita, junto ao ingrediente principal, vai cacau e leite.
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– A maioria dos baristas gosta de fazer o Mocha porque é em camadas, o que dificulta o processo, e podemos desenhar na espuma. Inovar mesmo – conta Suzana.
O que as motiva ainda mais são os elogios. Segundo Cristiane, o que ela mais gosta não é tomar a bebida, mas sim ouvir as pessoas elogiando o café preparado. Em casa, a falta de equipamentos apropriados não permite que elas reproduzam as bebidas especiais, mas a família não deixa provar, a aprovar, os drinks das baristas.
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– Não faço em casa, mas meus familiares vêm toda semana experimentar os cafés que preparo – explica Cristiane.
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Oportunidade
As baristas têm um desafio na carreira: o campeonato nacional Xícara de Ouro. A competição é promovida pelo grupo Raízen, proprietário da rede Shell Select, e está na sexta edição. Ao todo, foram filmados 400 funcionários da rede preparando quatro tipos de café e apenas 16 participantes foram selecionados, entre eles, as três representantes do Sul são Daiany, Suzana e Cristiane – todas da Rede Mime.
Entre os dias 26 e 29 de abril, as três baristas viajam para São Paulo. Na competição, terão que preparar os quatro principais cafés: expresso longo, macchiato, mocha e cappuccino. Além disso, devem apresentar uma receita criada por elas.
– Os baristas serão avaliados por quatro jurados, que são especialistas em sabor, textura e técnicas. O tempo médio para cada bebida não pode ultrapassar 3 minutos – explica Jean Barbosa, especialista de Trade Marketing de Raízen.
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O primeiro desafio é vencer a etapa regional, depois seguir para a final. A veterana Suzana está indo pela segunda. Segundo ela, este ano será mais difícil o preparo da receita criada por elas, pois não poderão usar o liquidificador. Tanto Daiany quanto Cristiane terão que enfrentar primeiro a viagem de avião, já que nunca voaram.
– Me sinto motivada como profissional e como pessoal. Estão reconhecendo que sou boa no que faço. No meu futuro, penso em melhorar meu modo de fazer os cafés – revela Daiany.
A vencedora da Xícara de Ouro receberá prêmio em dinheiro e uma máquina para preparar café.