Os trabalhadores dos Correios em Santa Catarina encerraram na segunda-feira, 28, a paralisação no Estado e retornaram nesta terça-feira, 29, às atividades. Em assembleias realizadas em Florianópolis, Chapecó, Itajaí e Criciúma, o sindicato aceitou a proposta de acordo coletivo apresentada na última sexta-feira, em audiência de mediação e instrução do dissídio da empresa, conduzida pelo vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra.

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Trabalhadores dos Correios entram em greve por tempo indeterminado

– A categoria retornará ao trabalho, mas para assegurar o atendimento das exigências quanto ao plano de saúde optou por manter o estado de greve – faz a ressalva o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect-SC) em nota.

Até o final da tarde de segunda-feira, 15 dos 36 sindicatos de trabalhadores dos Correios no Brasil haviam aceitado a proposta, definindo o retorno ao trabalho a partir de 0h de hoje. Considerando os 16 outros sindicatos que não haviam aderido ao movimento, o total, até o momento, é de 31 bases sindicais que estarão operando normalmente nesta terça.

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A paralisação nacional teve duração de 15 dias. Em Santa Catarina, o sindicato contabiliza 60% de adesão, enquanto os Correios contam apenas 9,3%.

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Proposta aceita

A proposta do TST prevê aumento linear dos salários em R$ 150 a partir de agosto de 2015 e em R$ 50 a partir de janeiro de 2016, a título de gratificação, incorporável ao salário nos seguintes percentuais e datas: 50% em janeiro de 2016; 25% em agosto de 2016 e 25% em janeiro de 2017.

Também prevê que o plano de saúde dos trabalhadores não poderá sofrer qualquer alteração que não seja de comum acordo com os trabalhadores, representados pelos sindicatos, e mantém a criação de uma comissão paritária referente ao assunto no prazo de 30 dias a contar da assinatura do acordo coletivo.

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O texto traz ainda reajuste de 9,56% nos benefícios: vale-alimentação/refeição; vale-cesta; auxílio para filhos com deficiência e reembolso creche/babá; e redução do compartilhamento do vale-alimentação. Assim como a proposta anterior que já havia sido formulada pelo TST, a atual mantém a antecipação da entrega matutina até o final de 2016, conforme os critérios estabelecidos no Acordo Coletivo de Trabalho 2014-2015.