Os Correios ingressaram com ação de dissídio coletivo junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) no final da tarde de quarta-feira. A empresa tomou a iniciativa devido à divisão dos trabalhadores em relação à proposta de acordo coletivo apresentada pelo vice-presidente do TST, ministro Ives Gandra, na última sexta-feira. A tentativa tenta pôr fim à greve nacional dos trabalhadores.

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Até a manhã desta quinta-feira, 17, dos 36 sindicatos dos Correios no Brasil, 17 decidiram não deflagrar paralisação, sendo que 16 aceitaram a proposta do TST. O Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect-SC), por sua vez, contabiliza 21 sindicatos inclinados à greve.

De qualquer forma, não houve maioria suficiente para a assinatura de acordo, que previa R$ 200 de aumento linear em forma de gratificação a ser paga gradativamente (R$ 150 a partir de agosto de 2015 e mais R$ 50 a partir de janeiro de 2016, com incorporação de 25% dos R$ 200 em agosto de 2016).

Com isso, a empresa retoma sua última proposta que propõe reajuste de 6% nos salários (3% retroativos a agosto e 3% em janeiro de 2016), além de outros itens. A categoria solicita 12,4% de reajuste inflacionário, mais R$ 300 linear, em reivindicação protocolada em julho. Mas, agora, quem decidirá é a Justiça.

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Trabalhadores dos Correios entram em greve por tempo indeterminado

Serviço

Os Correios informam que as agências estão abertas e os serviços, inclusive a entrega de Sedex e o Banco Postal, estão disponíveis. Levantamento realizado na quarta-feira mostrou que 90,69% do efetivo dos Correios não aderiu à paralisação – o que corresponde a 108.185 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença. Nesses locais, o movimento está concentrado na área de distribuição – do total de 28.569 carteiros que deveriam trabalhar hoje nas localidades em que há paralisação, 9.750 não compareceram (34,13%).

Nessas localidades, os Correios estão aplicando o Plano de Continuidade de Negócios, que inclui ações como deslocamento de empregados entre as unidades, apoio de pessoal administrativo e realização de horas extras. Caso haja necessidade, a empresa também pode promover mutirões para entrega nos fins de semana. Os serviços de hora marcada postados e entregues no mesmo Estado foram mantidos nas localidades em que não há paralisação.

Em Santa Catarina, o Sintect-SC contabiliza 60% dos funcionários em greve em 21 agências fechadas – nenhuma na Grande Florianópolis.

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