Diretamente de Buenos Aires, Pablo Daniel Morán, 32 anos, chegou às 11h desta segunda-feira ao Barra Shopping Sul, onde a Fifa instalou uma central de distribuição de ingressos para a Copa do Mundo em Porto Alegre.
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Permaneceu em frente à central a tarde toda, na esperança de que alguém aparecesse querendo repassar uma entrada para o jogo entre Argentina e Nigéria, quarta-feira, no Beira-Rio. Até as 19h, quando Morán falou com a reportagem de Zero Hora, nada de ingressos para ele e os quatro amigos que o acompanham.
– Vou ficar aqui até o último dia porque uma hora vai aparecer, temos fé – confia Morán, que chegou a ver um conterrâneo logrando um ingresso por 300 dólares durante a tarde.
O plano era descansar um pouco esta noite e voltar ao local na manhã de terça-feira. A última investida será no entorno do estádio, onde eles acreditam que poderão conseguir entradas a 500 dólares – mil reais é o teto estabelecido pelo grupo, que veio de carro desde Buenos Aires. Mais de mil reais não pagarão. E vão ficar para ver o jogo na fan fest, se tudo der errado.
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– É a única chance de ter a Copa do Mundo tão perto, provavelmente não iremos para a Rússia – conclui Morán, em tom descontraído.
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O engenheiro Marcelo Schvarzstein, 60 anos, diz que passou horas atualizando o site da Fifa para comprar ingressos, mas só conseguiu garantir presença em Coreia do Sul x Argélia. Saiu de Santa Fé com o filho, de carro, na quinta-feira passada para ir ao Beira-Rio no domingo. Por insistência do filho, resolveu ficar para tentar entradas para o jogo da Argentina, mas já cogita voltar para casa antes da partida.
– O sistema de compra de ingressos permitiu a especulação, teve gente que já comprou entradas com essa mentalidade. Além disso, o hotel está com a diária cinco vezes mais cara de ontem para hoje – comenta.
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Por volta das 19h, pouco mais de dez torcedores argentinos permaneciam em frente ao centro de ingressos da Fifa, na esperança de conseguir entradas para o jogo de quarta-feira.