Carros com placas da Argentina tomaram conta da área que serve como estacionamento ao lado da Fifa Fan Fest, em Porto Alegre, na tarde desta segunda-feira.

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Vestindo o azul e branco da seleção argentina ou com as cores de River e Boca Juniors, era fácil para os “hermanos” se reconhecerem ali. Além da procedência, muitos deles tinham em comum o fato de terem chegado até a capital gaúcha sem ingressos para ver Argentina x Nigéria, na quarta-feira, e também não terem onde dormir.

– Os hotéis estão todos lotados, ainda não sabemos onde vamos passar a noite, talvez no carro, se for preciso – diz Laura Mendoza, 26 anos.

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Ela e o marido, Leandro Gonzalez, 34 anos, saíram de carro de Buenos Aires no dia 12 de junho, com o propósito de ir atrás da seleção argentina até o final da Copa. Mas a aventura terá de terminar precocemente em Porto Alegre devido a um problema no veículo: a quinta marcha estragou.

– Daqui, voltamos a Buenos Aires e depois viemos de avião para a final, quem sabe contra o Brasil? – projeta Leandro, mostrando confiança em Messi.

Pelas contas dele, foram mais de 30 mil quilômetros rodados entre Rio de Janeiro, Belo Horizonte e a descida para o Sul. Além das praias, Laura elogia a vista da Serra do Rio do Rastro, no caminho de Santa Catarina para cá. O casal afirma estar disposto a pagar até mil dólares por ingressos para o jogo de quarta-feira.

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Já o ator de Santa Fe Juan Pablo Borgnia, 31 anos, não pretende desembolsar tanto dinheiro, mas também tem esperança de conseguir entradas para o estádio. Borgnia veio à Capital com outros três amigos, também de carro e sem ter onde dormir. A turma elogia as estradas brasileiras e a sinalização para chegar à Fan Fest, onde pretendiam assistir ao jogo do Brasil – e torcer pela seleção canarinho.

– Queremos que o Brasil ganhe para que haja festa – explica Borgnia.

Mais tranquilo do que os recém-chegados estava o farmacêutico Bruno Helf, 37 anos, de Entre Ríos. Hospedado na Capital desde sábado, com a mulher, a professora Gabriela, 36 anos, e os filhos Augustín, seis anos, e Kiara, três, Helf comprou ingressos com antecedência para toda a família e aproveitou para curtir férias no Rio Grande do Sul.

– A cidade é muito bonita, é grande, mas há muito verde, muitas praças, e todo o centro histórico é muito bonito – elogia.

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Bruno Helf aproveita férias com a família para ver a Copa do Mundo