De mãos algemadas e pés acorrentados, o empresário Marcos Antônio de Queiroz compareceu, mais uma vez, ao Fórum de Joinville nesta sexta-feira para participar da quinta audiência do caso apontado como a maior fraude imobiliária da cidade. Ele não pôde se manifestar, mas ouviu as testemunhas de defesa darem declarações que o incriminam e o deixam como principal articulador do golpe.

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Participaram da audiência ex-funcionários e prestadores de serviço do Grupo Marcos Queiroz. O Ministério Público questionou as testemunhas sobre o envolvimento do empresário e dos cinco acusados no esquema de fraude. Todos afirmaram terem se relacionado, em algum momento, com os denunciados no golpe, porém, todos ratificaram que as negociações eram sempre reportadas ao empresário, que tomava a decisão sobre o fechamento dos negócios e contratos imobiliários.

– Nós ficávamos na tenda fazendo a divulgação e a venda do empreendimentos, mas quem fechava o negócio era o Marcos. Uma ou duas vezes na semana, ele nos enviava um e-mail informando quais residenciais ainda estavam disponíveis para a venda – afirmou Luis Faustino da Mota, que trabalhou como assistente de vendas no Grupo Marcos Queiroz.

Nova audiência na segunda-feira

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Das 15 testemunhas listadas para a audiência desta sexta-feira, seis compareceram ao Fórum. A primeira a testemunhar foi Suzane Schmidt, que prestava serviços de advocacia para o empresário. Ela era responsável pela transferência dos terrenos adquiridos. No depoimento, Suzane afirmou que os os terrenos eram legalizados em nome do próprio empresário.

Também foram ouvidos dois prestadores de serviço: um deles era responsável pela gravação dos comerciais de rádio e anúncios publicitários, e o outro, dono de uma gráfica que produzia materiais impressos.

Ainda depuseram o mestre de obras Pedro Bortoluzzi, responsável pelo residencial D?Provesi, no bairro Iririú – o único dos seis prédios do grupo que começou a ser erguido – e o corretor Francisco da Costa, que trabalhava na venda dos empreendimentos. Nesta segunda-feira, serão ouvidas as últimas testemunhas de defesa. O juiz César Tesseroli ainda não definiu quando Queiroz e sua esposa, Ana Cláudia, irão depor.

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