Começou na manhã desta sexta-feira o segundo dia do julgamento do assassinato da agente penitenciária Deise Alves, no Fórum de São José. A sessão que iniciou por volta das 9h15min contará apenas com testemunhas protegidas.
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Familiares e a imprensa foram proibidos de assistir à sessão. As testemunhas chegaram encapuzadas sob forte esquema policial e foram encaminhadas para uma sala reservada.
Os depoimentos estão sendo tomados em uma sala de audiência e não dentro do Tribunal do Júri por um questão de segurança e também porque são poucas pessoas participando da sessão, que não conta com plateia. Ainda há advogados de defesa chegando atrasados. Policiais Militares (PM) estão na porta da sala de júri indicando aos defensores que a audiência mudou de lugar. Até o hall de acesso à sala de audiência está trancado. Nele estão cerca de cinco policiais.
No Fórum, o esquema de segurança conta com policiais militares do patrulhamento de área e do Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT).
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Os advogados de defesa estão presentes. São nove réus, sendo um foragido e quatro presos na Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Nenhum dos acusados estará presente nesta sessão, por determinação do juiz Otávio Minatto, da 1ª Vara Criminal de São José.
O terceiro dia de julgamento está marcado para o dia 26 de agosto com a presença dos réus. Os presos em Mossoró acompanharão a sessão por meio de videoconferência.
O sistema foi utilizado no primeiro dia dos trabalhos, em 11 de julho, mas como apresentou defeito, a sessão foi remarcada para esta sexta-feira.
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O juiz Minatto havia solicitado a presença dos quatro réus em São José, mas o pedido foi negado pela Justiça Federal do RN, que considerou a transferência dos réus um risco para a segurança e um gasto desnecessário.
Na sessão não será necessária a participação dos acusados presos em Mossoró nem dos demais cinco réus no processo. São eles: Marciano Carvalho dos Santos, Oldemar da Silva, o Mancha, Fabricio da Rosa e a advogada Fernanda Fleck Freitas. O nono réu, Rafael de Brito, o Shrek continua foragido.
Segundo a Polícia Civil, Deise Alves foi morta por engano, no lugar do marido, o agente penitenciário Carlos Alves. O motivo seria a gestão linha dura de Carlos, que na época do crime era diretor do quartel-general do PGC, a Penitenciária de São Pedro de Alcântara. A morte de Deise está relacionada ao estopim das duas ondas de atentados criminosos em Santa Catarina, entre novembro de 2012 e fevereiro de 2013.
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