Até a década de 1870, havia uma vasta área entre Tubarão e Araranguá onde nenhum homem branco habitava. Mas um projeto do governo brasileiro buscou trazer imigrantes italianos, que ainda viviam os complicados anos após a unificação do país europeu. Os primeiros grupos de imigrantes foram para a região de Urussanga. No dia 24 de dezembro de 1879, quando outras famílias chegaram ao povoado, receberam o convite para habitar outra região, a 20 quilômetros dali. Muitos não quiseram, mas 30 famílias partiram para o novo lugar. No dia 6 de janeiro de 1880, chegaram a um galpão à beira do rio, e iniciaram a colonização de Criciúma.

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– Eram cerca de 140 pessoas, com muitas crianças entre eles – conta o historiador criciumense e especialista na Região Sul de Santa Catarina, Mario Belolli.

Foi a força do trabalho dos imigrantes e seus descendentes que fez com a região se desenvolvesse. Ambicioso por trabalho e por serem recompensados pelo seu esforço, italianos, alemães, poloneses encontraram na região possibilidade de crescimento e melhora da qualidade de vida. Criciúma já havia se organizado como distrito quando a região voltou a receber imigrantes e a vila de Nova Veneza foi fundada. O desenvolvimento de outras comunidades levou a necessidade de estradas e a troca de mercadorias levou ao desenvolvimento econômico.

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Mas foi com a início da Primeira Guerra Mundial que a cidade mudou de status no Brasil República. O período de guerra impediu a compra de carvão que servia para mover as primeiras industrias e navios no litoral brasileiro, e abriram-se minas para retirar de solo nacional o minério.

– Já era sabido que a terra aqui era rica em carvão e durante cinco anos o mineiro foi levado de carro-de-boi até Jaguaruna, para ir de barco a Laguna, para então ir de navio ao Rio de Janeiro. Só em 1919 que chegou a estrada de ferro – acrescenta Belolli.

Com a chegada da Segunda Guerra Mundial, o processo se repetiu e novamente o carvão criciumense foi importante para sustentar o desenvolvimento das industrias siderúrgicas que surgiam na Era Vargas. Com o crescimento econômico, a região também cresceu em outros setores além do carvão. A indústria de cerâmicas se tornou protagonista e compete no mercado internacional com Itália e Espanha.

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Para comemorar os 136 anos, a Prefeitura de Criciúma irá inaugurara algumas obras e celebrar um missa na Catedral Catedral São José, no Centro. Confira a programação das festas:

9h – Inauguração do Ginásio Poliesportivo Professor Jairo Luiz Thomazi (Vila Zuleima)

9h30min – Inauguração da Capela Mortuária (Vila Zuleima)

10h15min – Inauguração da Avenida João Ronchi (Rio Maina)

11h – Inauguração da ponte do bairro Santo Antônio

19h – Missa alusiva aos 136 anos de colonização de Criciúma

20h – Corte de bolo comemorativo ao aniversário de Criciúma