Foram raspadas as identificações das 14 bananas de dinamite amarradas a um aparelho celular deixado em uma parada de ônibus à beira da BR-472, nas proximidades da ponte sobre o Rio Ibicuí, no trecho entre Itaqui e Uruguaiana, na Fronteira Oeste, no início deste mês. A identificação era uma peça importante para os agentes da Delegacia de Polícia Civil de Itaqui descobrirem a origem do explosivo, encontrado próximo a uma escola.
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A informação sobre o desaparecimento da identificação – série de letras e números pintados no explosivo que representam o lote de fabricação – consta de um relatório do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), responsáveis pelo explosão do artefato, entregue à delegada Elisandra Mattoso Batista, encarregada da investigação do caso.
– A boa notícia é que o Gate conseguiu retirar intacto o aparelho celular, que foi enviado para o IGP (Instituto Geral de Perícias). A perícia do celular poderá nos fornecer alguma informação para o caso – aposta a delegada.
Na ausência da identificação dos explosivos, informações contidas no celular podem auxiliar a polícia a chegar à origem da dinamite. O resultado da investigação da delegada interessa a vários órgãos de segurança, inclusive a Polícia Federal (PF), por ser esta a segunda vez que um artefato semelhante é encontrado à beira da BR-472.
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No final de fevereiro, nas proximidades da ponte, foram encontradas, por um grupo de vigias de um carro-forte que estourou um pneu e saiu da estrada, oito bananas de dinamite, amarradas a um aparelho celular. Na ocasião, o Gate explodiu o artefato, e as investigações policiais ainda não chegaram a uma conclusão.
A primeira linha de investigação foi focada na procura de uma quadrilha de assaltantes de banco que estivesse tentando criar um fato que afastasse a polícia da cidade para atacar os caixas eletrônicos. Por precaução, a Brigada Militar (BM) e a Polícia Civil reforçaram a vigilância aos bancos.