Pela segunda vez, em duas semanas, foram encontradas bananas de dinamite amarradas a um telefone celular à beira da BR-472, nas proximidades da ponte sobre o Rio Ibicuí, no trecho entre Itaqui e Uruguaiana, na Fronteira Oeste.

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A região é conhecida da polícia pela existência de ladrões de gado, contrabandistas de armas e munição e quadrilhas de assalto a bancos. A polícia, entretanto, evita dar detalhes das investigações, com receio de atrapalhar o andamento.

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A rodovia foi bloqueada nos dois sentidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), por mais de 11 horas, até que o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), de Porto Alegre, chegasse ao local de avião, desacoplasse o celular das dinamites e, por fim, em uma ação de menos de cinco minutos, detonasse os explosivos.

O telefone móvel foi recolhido para uma embalagem lacrada e será incluído na investigação, a cargo da delegada de Itaqui, Elisandra Mattoso Batista.

– O responsável por deixar o artefato queria ter certeza de que chamaria a nossa atenção: ele colocou o suposto explosivo em uma parada de ônibus, nas proximidades de uma escola – afirma a delegada.

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Ela também é responsável por investigar as oito bananas de dinamite encontradas no dia 21 do mês passado, que também estavam amarradas a um celular. O artefato foi encontrado por um grupo de vigias de um carro-forte que estourou um pneu e saiu da estrada. Desta vez, o artefato foi descoberto por um dos vigias da ponte.

Já foram ouvidas várias pessoas e o principal objetivo da polícia é verificar se os casos têm ligação e qual seria o suposto alvo dos criminosos.

Na opinião da delegada, o responsável pode ser simplesmente um exibicionista, ou essa pode ser a estratégia de uma quadrilha para desviar atenção da polícia para a rodovia enquanto ataca um outro lugar. A ação é chamada de tática do quero-quero em alusão à ave comum na Fronteira que protege o seu ninho cantando longe do local. Para evitar surpresas, foi reforçado o efetivo policial que vigia os bancos da região. Além disso, a polícia acionou o Serviço de Inteligência Policial e Análise Criminal (SIPAC) para ajudar nas investigações.

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