O espanhol Jordi Ribera voltou a comandar a Seleção Brasileira de handebol depois de a equipe não conseguir bons resultados nas Olimpíadas de Londres, em 2012. Ele havia deixado o Brasil depois das Olimpíadas de Pequim, em 2008, quando já realizava os acampamentos com os garotos da base. O trabalho chegou a ser interrompido, mas ele retomou depois que voltou.
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Jordi espera fazer com que o momento do handebol feminino se repita no masculino, mesmo dizendo que a realidade de ambos é diferente. Ainda assim, ele diz que espera fazer um bom papel em 2016 e acredita que as categorias de base de hoje podem fazer ainda mais bonito daqui a alguns anos.
A reportagem conversou com ele em Blumenau, onde ele coordena um acampamento que envolve jogadores das categorias de base de todo o país.
A seleção feminina acabe de ser campeã mundial e a masculino começou 2014 vencendo o vice-campeão olímpico. Como você enxerga o momento do handebol brasileiro?
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Jordi Ribera – Nós tivemos um bom ano também nas categorias de base. Nossos meninos tiveram a melhor colocação da história no Mundial das categorias júnior e juvenil. Isso mostra uma evolução na modalidade, mas a realidade do feminino e do masculino é diferente. As meninas já estão jogando há um bom tempo na Europa e isso ajuda muito. Já no masculino é mais difícil, as oportunidades são diferentes. Mas a gente vem melhorando e isso vai ajudar bastante.
O quanto esses acampamentos podem colaborar com essa evolução?
Jordi – Principalmente quando falamos em adaptação. Atualmente, quando um garoto sobe de categoria, ele tem dificuldades em se adaptar. A ideia de se criar um padrão de jogo é para isso, para que ele não sofra e não tenha que passar por um período grande de adaptação, é algo imediato. Mas esses resultados ainda não sentiremos em 2016 (nas Olimpíadas do Rio de Janeiro). É algo para mais adiante.
Você é conhecido por dividir a atenção com a seleção principal e também a renovação da base. Qual a importância de se trabalhar em conjunto nessas duas vertentes?
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Jordi – É fundamental essa busca de talentos. E os acampamentos dão uma condição diferenciada nos treinamentos e essa troca de informação é muito importante. Fazemos o intercâmbio, trazendo jogadores da seleção principal que trocam experiências com os garotos. Aqui nos acampamentos também temos uma base de quem pode representar as seleções de base e, quem sabe, o time principal.