A safra da tainha ia bem para os pescadores artesanais até a noite deste sábado. O mandado de segurança coletivo concedido pela Justiça Federal foi cassado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a rede anilhada está novamente proibida para captura do pescado.

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Entenda:

>> O que é a rede anilhada?

Foi como um freio no caminho dos pescadores, que acumulava um total de 1.260 toneladas de tainha pescadas desde o dia 23 de maio, quando saiu a liminar. O número, repassado pela Federação dos Pescadores de Santa Catarina, é superior a toda safra de 2013, quando o acumulado foi de 1.200.

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– A gente projetava para este ano capturar 1.800 toneladas, estava sendo uma safra boa pra nós. Agora vamos atás de alternativas para garantir o direito do trabalhador pescar seu sustento – disse o presidente da Federação, Ivo da Silva.

A maior preocupação dos pescadores é perder cardumes do peixe na época que é considerada o pico da safra: os últimos dias de junho.

– Apesar da safra encerrar em 30 de julho, precisamos estar no mar nos dias 28 e 29 de junho, quando os cardumes costumam passar pelo litoral catarinense – disse Ivo.

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Documentos com pedido de apoio teriam sido enviados para o Governo do Estado, Secretaria da Pesca, alguns deputados federais em Brasília e a superintendência do Ministério da Pesca em Santa Catarina.

Enquanto o apoio não vem, viaturas do Ibama e da Polícia Ambiental já circulam pelas praias do Estado, segundo o presidente do Sindicato dos Pescadores de Santa Catarina (Sindipesca), Gilberto Fernandes da Silva.

Já o superintendente regional do Ministério da Pesca, Horst Doering, disse que uma alternativa provisória para que os pescadores não saiam prejudicados deve sair nos próximos dias.

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