O empresário do ramo da construção civil, Rubi de Freitas, 53 anos, e o detetive particular Juliano Cleberson Campos, 37 anos, se apresentaram à Polícia Civil de Palhoça neste domingo. Os dois são suspeitos de envolvimento na morte do advogado Roberto Caldart, 42, na última terça-feira. O primeiro foi até a unidade às 16h30min e o segundo às 21h.
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Freitas e Campos tinham em aberto contra eles um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça local. A investigação aponta que o empresário foi o responsável por mandar seis homens até o terreno na Barra do Aririú para cumprir uma suposta reintegração de posse da área onde ficam quitinetes ocupadas. Campos seria uma das pessoas contratadas para fazer a desocupação. Durante a reintegração ocorreu a discussão que acabou na morte de Caldart.
Os advogados Leonardo Baggio Caon e Osvaldo Duncke acompanharam o empresário e o detetive até a delegacia. Caon já pediu a liberdade provisória de Freitas. Duncke fará o mesmo em relação a Campos na manhã desta segunda. A tese do empresário, segundo Caon, é de negativa de autoria:
— Não colaborou e nem incitou ninguém a fazer aquela coisa que aconteceu lá.
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O defensor ainda afirma que o direito de posse do terreno onde ocorreu a discussão e morte de Caldart é do empresário. Caon ainda afirma que não havia uma mandado de reintegração de posse:
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— Não tinha mandado. Ele pediu para os policias irem lá desocupar o imóvel. Eles foram. Estava tudo direitinho. Saíram e devolveram a chave para o Rubi. Ele foi ao local. Quando ele estava lá, chegaram os invasores e o advogado.
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Já Campos alega, de acordo com Duncke, que não participou da morte e não desferiu agressão alguma.
Policiais negam envolvimento
Os cinco policiais detidos pelo crime negam envolvimento na morte. Eles estão em batalhões da Polícia Militar da Grande Florianópolis. O IGP deve concluir entre esta segunda e terça-feira o laudo pericial que vai apontar a causa da morte de Caldart. O documento é bastante aguardado pelos advogados de defesa dos sete envolvidos.
O crime
O advogado Roberto Luís Caldart, de 42 anos, foi morto na manhã da última terça-feira, em Palhoça, depois de ser agredido em um terreno na Barra do Aririú. Segundo a delegada Raquel Freire, que coletou as primeiras informações, o advogado defende moradores de quitinetes que ficam no terreno onde o crime ocorreu e foi chamado porque um grupo chegou ao local exigindo que deixassem a área, pois estariam cumprindo um mandado de reintegração de posse. Ao serem questionados pelo advogado, iniciaram a agressão.
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Freitas, que diz ser o dono do terreno, foi o responsável por levar até os seis homens que fariam a reintegração de posse. São cinco policiais militares e um vigilante. Durante a discussão entre eles, Caldart e os moradores do imóvel é que o advogado teria sido atingido e morreu.