O suspeito de ter participado da chacina em Canasvieiras, que resultou no assassinato de cinco pessoas em um apart-hotel no dia 5 de julho, foi transferido a Florianópolis na noite de quinta-feira (16). Ele estava preso provisoriamente na cidade de Santana do Livramento (RS) e já está no Complexo Prisional da Agronômica.

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Durante o interrogatório formal, de acordo com o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Ênio Mattos, ele preferiu se manter calado.

— Nenhum fato novo se acrescenta às investigações pois ao ser interrogado ele invocou seu direito de se manifestar somente em juízo.

O crime no qual o suspeito será enquadrado será definido ao final do inquérito segundo o delegado.

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Polícia prende no RS suspeito de participação na chacina de Canasvieiras

Suspeito foi preso na última sexta-feira no RS

O jovem de 21 anos havia sido preso temporariamente no dia 10 de agosto no município de Santana do Livramento (RS), que faz fronteira com a cidade de Rivera, no Uruguai, após buscas realizadas pelas policias civis da Delegacia de Homicídios de Florianópolis, da Delegacia Regional de Livramento e da polícia uruguaia. Ele foi levado ao presídio de Livramento, onde ficou à disposição da Justiça de Santa Catarina.

De acordo com informações da Polícia Militar, ele estaria escondido na casa de uma família em Rivera desde a época do crime e teria sido preso enquanto cruzava a fronteira entre Brasil e Uruguai dentro de um carro, na avenida Tamandaré, sem reagir a prisão. A polícia uruguaia também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa onde o jovem estaria morando.

Natural de Florianópolis, o suspeito estaria sendo monitorado há cinco dias e foi preso após ter sua identidade confirmada pela polícia.

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Entenda o caso

Cinco pessoas foram encontradas mortas por asfixia na madrugada do dia 6 de julho dentro de um apart-hotel, há cem metros do mar de Canasvieiras, no Norte da Ilha de Santa Catarina. O crime teria sido motivado por vingança relacionada a questões financeiras conforme afirmou o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Ênio Mattos.

As vítimas foram identificadas como Paulo Gaspar Lemos, 77 anos, Paulo Gaspar Lemos Junior, 51, Kátia Gaspar Lemos, 50, Leandro Gaspar Lemos, 44, e Ricardo Lora, 39 anos.

Seis pessoas teriam sido feitas reféns, segundo informações da Polícia Militar, sendo quatro delas da mesma família. Uma funcionária do apart-hotel conseguiu fugir e entrar em contato com a PM. Três homens teriam submetido as vítimas a tortura psicológica. Eles teriam entrado no hotel em torno das 16h e permanecido no local até perto da meia-noite.

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Outro suspeito foi preso, na madrugada do dia 11 de agosto, em um condomínio no bairro Potecas, em São José. Os dois suspeitos já haviam tido a prisão temporária decretada por 30 dias, com a possibilidade de ser prorrogada por mais 30 dias ou, então, convertida para prisão preventiva.

As investigações sobre o terceiro suspeito estão em andamento segundo o delegado Ênio Mattos, responsável pelo caso.

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