Pelo menos mais três pessoas se apresentaram na delegacia de Balneário Piçarras nos últimos dias como vítimas dos cinco rapazes mortos em um confronto com a polícia na última quinta-feira. Os jovens eram suspeitos de assaltos em residências além de assaltos a caminhoneiros.
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Com o surgimento das novas vítimas, a polícia já contabiliza seis assaltos em casas que teriam sido praticados pelo grupo. Antes do tiroteio eles já eram investigados por três deles, que teriam ocorrido nos últimos 30 dias.
O delegado Rodolfo Farah, responsável pela investigação dos roubos, acredita que outras vítimas devem identificá-los. A continuidade da investigação também leva a Polícia Civil a acreditar que os jovens mortos tinham envolvimento com uma quadrilha especializada em roubo de carros.
– Soubemos que eles estavam cooperando com essa quadrilha e há pelo menos mais cinco ou seis pessoas envolvidas – diz.
De acordo com a polícia além dos cinco rapazes que morreram no confronto um sexto, que estaria de motocicleta, conseguiu fugir. O advogado dele esteve na delegacia na tarde de segunda-feira para prestar esclarecimentos e teria dito que seu cliente não tem relação com o grupo.
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As mortes ocorreram após um cerco montado pelas polícias Civil e Militar. De acordo com o delegado havia informação de que os suspeitos fariam um assalto a uma casa localizada no interior de Piçarras.
Duas campanas haviam sido montadas em dias anteriores sem sucesso. Na noite de quinta passada, no entanto, assim que o grupo se aproximou do alvo foi surpreendido por uma viatura parada no caminho.
Outras viaturas participaram da operação e, de acordo com a polícia, os bandidos dispararam contra as guarnições. A polícia revidou e os cinco com idades entre 17 e 27 anos foram mortos. Nenhum policial se feriu.
Os mortos foram identificados no dia seguinte. Um deles carregava a certidão de nascimento do irmão e foi identificado erroneamente num primeiro momento. Depois, familiares o reconheceram na delegacia e a mãe confirmou o equívoco.
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